Bouteflika anuncia candidatura para 5º mandato na Argélia apesar de doença
Argel, 10 fev (EFE).- O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, de 81 anos, anunciou neste domingo sua candidatura para os próximos pleitos presidenciais previstos para 18 de abril apesar de seu grave estado de saúde, segundo anunciou a agência oficial "APS".
"É neste contexto, em resposta a todas as solicitações e ao espírito de continuidade, e em cumprimento de um dever fundamental, que anuncio hoje minha candidatura às eleições presidenciais", escreveu Bouteflika em mensagem dirigida à nação.
Se for eleito para um quinto mandato, o presidente, que não fala em público e se desloca em cadeira de rodas desde que em 2013 sofreu "um acidente cardiovascular", disse que convocará "uma conferência nacional para criar uma plataforma política, econômica e social e enriquecer a Constituição".
A mensagem atribuída ao octogenário Bouteflika foi divulgada menos de 24 horas depois que seu partido, a Frente de Libertação Nacional (FLN), que governa a Argélia desde a independência, anunciou que o atual presidente seria seu candidato.
"Em nome da FLN, tenho a honra de anunciar que o partido designou como candidato à próxima eleição o presidente Abdelaziz Bouteflika para prosseguir sua obra à frente do país", disse a legenda.
"Pedimos ao presidente da República, filho do FLN, muyahidin (combatente) e líder da reforma que continue", disse Muad Bouchareb, que recentemente chegou à presidência do parlamento após uma manobra dos partidos governistas contra a velha-guarda do partido.
A doença já impediu Bouteflika de participar da campanha eleitoral de 2014 e desde então suas aparições em público se reduziram ao mínimo durante os dois últimos anos.
Neste tempo, deixou de falar em público, não viaja para o exterior, exceto para revisões médicas na França das quais não são divulgados detalhes, só se move em cadeira de rodas e inclusive cancelou no último momento reuniões com líderes mundiais que visitavam a Argélia, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Apenas o Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), que lidera a oposição islamita, se mostrou abertamente contra o possível quinto mandato de Bouteflika, que considera lesivo para o país. EFE
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