Médicos venezuelanos cruzam fronteira para pedir entrada de ajuda humanitária
Cúcuta (Colômbia), 10 fev (EFE).- Mais de 30 médicos venezuelanos chegaram neste domingo ao lado colombiano da ponte internacional de Tienditas, onde se manifestaram para pedir que se permita a passagem da ajuda humanitária ao seu país e assim "poder salvar muitas vidas" que dependem da assistência.
Com seus jalecos brancos, os médicos se postaram na entrada da passagem fronteiriça, onde desfraldaram uma gigantesca bandeira da Venezuela e começaram a pedir que se permita o ingresso, principalmente, dos remédios que escasseiam nos hospitais em que trabalham.
"A maioria passou pela ponte Simón Bolívar e veio até aqui de táxis, de ônibus, no que pôde, para conseguir o objetivo, que era fazer escutar as solicitações e os pedidos que temos com relação à ajuda humanitária", afirmou à Agência Efe o médico Wiliam Sayago, especialista em cirurgia geral.
A assistência, que está sendo armazenada na cidade colombiana de Cúcuta, foi anunciada pelo líder do parlamento, Juan Guaidó, que, após autoproclamar-se presidente em exercício da Venezuela, foi reconhecido como tal por mais de 40 países.
Na fronteiriça Cúcuta foi inaugurado na sexta-feira passada um centro de armazenamento que está na ponte de Tienditas, que conecta essa cidade com a de Ureña, na Venezuela.
No entanto, o governo de Nicolás Maduro se recusa a receber as ajudas porque considera que se trata de um espetáculo político.
Sayago, que faz parte da organização Médicos Unidos de Táchira, assegurou que nesse estado venezuelano há um desabastecimento no setor da saúde que é "de magnitudes praticamente incalculáveis" e que não tem como atender adequadamente aos pacientes.
"Há um déficit de remédios simples como antibióticos, vacinas para nossas crianças, que são remédios essenciais para salvar vidas importantes que temos na Venezuela", detalhou.
Com ele concordou a pediatra e imunologista Dayana Delgado, que chegou da cidade de San Cristóbal motivada a expressar as necessidades dos venezuelanos, especialmente no setor no qual trabalha.
"Esperamos que nosso presidente interino, Juan Guaidó, possa conseguir a entrada dessa ajuda humanitária e encaminhar o país a uma melhor Venezuela", declarou à Efe.
Ao término da manifestação, os mais de 30 médicos cantaram o hino nacional da Venezuela e a eles se somaram alguns curiosos que chegaram ao local para apoiar sua concentração. EFE
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