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Mulher é presa nos EUA como suspeita da morte do filho de 3 anos em 1986

10/02/2019 16h03

Miami, 10 fev (EFE).- Amy Fleming, residente na cidade de Dania Beach, no sul da Flórida, nos Estados Unidos, foi detida como principal suspeita da morte em 1986 do seu filho de três anos ocorrida no estado de Nevada, informaram neste domingo meios de comunicação locais.

A mulher, de 60 anos e que se encontra na prisão do condado de Palm Beach, foi detida no último dia 29 de janeiro e terá na segunda-feira sua segunda audiência em um tribunal, depois que em dezembro do ano passado as autoridades de Flórida e Nevada emitiram uma ordem de detenção contra ela.

De acordo com documentos policiais, a mulher, que vive no condado de Broward, foi detida por agentes do corpo federal de segurança e levada à prisão do condado vizinho de Palm Beach, com uma fiança fixada em US$ 1 milhão.

Fleming aceitou não pedir a extradição para Nevada, segundo a polícia.

O menor Francillon Pierre foi visto pela última vez no norte de Las Vegas (Nevada) em agosto de 1986 e sua mãe, naquela época com o nome de Amy Luster, e o parceiro dela, Lee Luster, disseram à polícia que tinham perdido o rastro do menor, que até o momento figura ainda em registros de crianças desaparecidas.

Segundo o jornal "Palm Beach Post", após denunciar o desaparecimento, o casal pediu aos agentes que não divulgassem o caso para evitar o sensacionalismo da imprensa.

Ambos, que naquela época encontravam-se no meio de um processo judicial por abuso contra o menor, afirmaram à polícia que suspeitavam que o pai biológico do menor, o haitiano Jean-Pierre, um ex-namorado da mulher, tinha alguma a coisa a ver com o desaparecimento.

No entanto, após passar por interrogatórios e testes de polígrafo, as autoridades de Nevada descartaram Jean-Pierre como suspeito e, pelo contrário, tinham suspeitas fundadas de que os Luster eram responsáveis pelo desaparecimento do menor, embora nunca tenham conseguido evidências suficientes para detê-los.

Quase um ano depois do fato, sem acusações formais, o casal se mudou para Orlando, no centro da Flórida, segundo disseram para estar mais perto do Haiti, onde insistiam que estava o menino.

Segundo a estação local de televisão de Las Vegas "KSNV", a polícia desta cidade, que planeja uma entrevista coletiva na segunda-feira, trabalhou por 18 meses neste caso e encontrou provas suficientes para justificar a detenção. EFE