Especialistas da ONU pedem que Bélgica reconheça passado colonial e violento
Bruxelas, 11 fev (EFE).- Um grupo de especialistas das Nações Unidas pediu nesta segunda-feira à Bélgica que "reconheça o verdadeiro alcance de violência e injustiça" de seu passado colonial, a fim de fazer frente às raízes do racismo sofrido por pessoas de origem africana no país.
"O Governo da Bélgica tem que adotar um plano de ação nacional integral contra o racismo", indicou em comunicado o presidente do grupo de especialistas da ONU sobre pessoas de origem africana, Michal Balcerzak.
Este grupo de especialistas concluiu hoje uma visita à Bélgica durante a qual encontrou "claras evidências de que a discriminação racial é endêmica nas instituições" do país.
Assim, a população de ascendência africana enfrenta "discriminação" na hora de desfrutar de seus direitos econômicos, sociais e culturais, assim como no acesso ao mercado imobiliário e "degradação" nas suas oportunidades trabalhistas.
O grupo expressou igualmente "preocupação" que o discurso público não reflita as matizes históricas e pediu a revisão de livros de texto e material educativo para assegurar que recolhem "com precisão" fatos relacionados com "tragédias e atrocidades cometidas durante a era colonial", quando a Bélgica tinha sob seu controle o Congo.
Os especialistas apresentarão o relatório e uma série de recomendações diante do Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro. EFE
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