Júri declara 'El Chapo' culpado por narcotráfico
Nova York, 12 fev (EFE).- O júri popular do julgamento do narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, que ocorre em Nova York, o declarou nesta terça-feira culpado por ocupar um posto de liderança no cartel de Sinaloa, o que abre a possibilidade de que ele seja condenado à prisão perpétua.
O porta-voz do júri entregou ao juiz da Corte Federal do Brooklyn, Brian Cogan, um papel com a decisão, que foi lida pelo magistrado após alertar aos presentes na sala de audiência que eles não poderiam expressar qualquer reação ao veredicto.
O juiz informou que a decisão do júri foi de condenar 'El Chapo' pelas dez acusações que recebeu e que só não houve unanimidade em duas delas, sobre distribuição de cocaína em 2007 e de maconha em 2012.
Cogan tem agora a missão de estabelecer a condenação do caso judicial de narcotráfico mais midiático nos Estados Unidos. A sessão na qual o anúncio será feito foi marcada para 25 de junho.
O julgamento de 'El Chapo', de 61 anos, durou três meses. O traficante recebeu acusações relacionadas ao narcotráfico, sendo a principal delas a de manter uma empresa criminosa, algo que pe passível de prisão perpétua.
As audiências foram realizadas sob um forte esquema de segurança. Entre as medidas estavam a de que esse fosse o único processo judicial realizado no oitavo andar do prédio do tribunal.
Antes do veredicto, o júri ouviu 56 testemunhas, das quais 14 foram voluntárias do governo americano, entre elas Juan Carlos Abadía, sem dúvida o mais impactante, tanto pelo rosto desfigurado por cirurgias plásticas para evitar ser reconhecido pelas autoridades como pela frieza com que falou de assassinatos.
As testemunhas, presas nos EUA e que esperam uma redução de suas penas devido à cooperação no caso, eram aliados de 'El Chapo' no tráfico - como Abadía - ou funcionários muito próximos, como Dámaso Alonso, Jesús 'El Rey' Zambada e seu sobrinho Vicentillo Zambada, cujas declarações já foram revisadas pelo júri durante os primeiros quatro dias de deliberações.
Durante os anos à frente do cartel Norte del Valle, Abadía exportou cerca de 400 mil toneladas de drogas aos Estados Unidos, a maioria por meio do cartel de Sinaloa.
O júri deste caso também foi cercado por medidas de segurança que incluíam a proibição de divulgar seus nomes, onde vivem ou trabalham. Os membros eram escoltados diariamente até suas residências por agentes federais.
O processo contra o chefe do cartel mexicano de Sinaola começou em novembro do ano passado e terminou em 1º de fevereiro, depois que a Promotoria e a defesa de 'El Chapo' "ficaram nas suas alegações finais. EFE
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