OTAN descarta distribuir novos mísseis na Europa, apesar de infração russa
Bruxelas, 12 fev (EFE).- A Otan não tem intenção de distribuir novos mísseis na Europa apesar de a Rússia estar desenvolvendo este armamento, caso fracasse o tratado para a eliminação de armas nucleares de médio e curto alcance (INF), afirmou nesta terça-feira o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.
Stoltenberg pediu mais uma vez a Moscou que volte a cumprir esse tratado, do qual os Estados Unidos anunciaram sua retirada em seis meses, mas afirmou que, ao mesmo tempo, a Otan se prepara para "um mundo sem o INF".
"Não temos a intenção de distribuir novos mísseis nucleares de terra na Europa", indicou o político norueguês, que confirmou que os ministros aliados de Defesa abordarão em sua reunião de amanhã e quinta-feira em Bruxelas o que deve ser feito para que a organização se adapte ao descumprimento do INF por parte da Rússia e a "um mundo com mais mísseis russos".
O secretário-geral disse que a Otan quer "manter uma dissuasão e defesa efetiva", mas não quis "especular" sobre quais serão as medidas da Aliança.
"Qualquer passo que dermos será coordenado, comedido e defensivo", se limitou a dizer.
Stoltenberg insistiu que a Otan segue "comprometida com um controle de armas significativo e os esforços de não-proliferação".
"A Otan não quer uma nova corrida armamentista. Não seria do interesse de ninguém", comentou.
O secretário-geral aliado afirmou que Moscou "continua desenvolvendo e desdobrando vários batalhões do míssil SSC-8" em solo europeu, "apesar dos esforços dos EUA e outros aliados durante muitos anos para convencer a Rússia a voltar a cumprir" o tratado INF.
"Todos sabemos que um tratado que só é respeitado por uma parte não pode nos manter seguros", acrescentou Stoltenberg, que justificou nesse contexto a decisão de Washington, "com o completo apoio de todos os aliados da Otan", de se retirar do INF.
O político ressaltou que a Rússia "tem uma última oportunidade de tomar um caminho responsável. De voltar a cumprir e salvar o tratado INF. Pedimos à Rússia que aproveite esta oportunidade".
Além disso, afirmou que "não há novos mísseis americanos na Europa" e deixou claro que a Otan só mantém sistemas de defesa de mísseis balísticos, "nos quais não há mísseis", e "interceptadores que não estão armados", que fazem parte do acordo com a Romênia e a Polônia sobre o qual "não haverá mísseis ofensivos nessa parte" da Aliança.
Stoltenberg indicou que a questão do INF será abordada nesta semana na Conferência de Segurança de Munique. EFE
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