Venezuela discute com a ONU o aumento de cooperação no campo humanitário
Nova York, 11 fev (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, discutiu na segunda-feira com o secretário-geral da ONU, António Guterres, as possibilidades de aumentar a cooperação de seu governo com as Nações Unidas no campo humanitário, a fim de apoiar a população do país.
Arreaza, ao deixar a reunião com Guterres, em Nova York, explicou que propôs ao secretário "o aprofundamento da cooperação das várias agências da ONU na Venezuela".
"É necessário que o multilateralismo supere qualquer impacto do unilateral e possamos cooperar com uma força muito maior", disse.
De acordo com o chanceler, isso significa "receber cooperação e até permitir que o próprio Estado venezuelano invista em projetos concebidos pelas Nações Unidas ou por diferentes agências para a alimentação, saúde e necessidades das pessoas".
Nas últimas semanas, a ONU reiterou que está pronta para aumentar suas ações humanitárias na Venezuela, tendo em vista o impacto que a crise está tendo sobre a população, mas sempre apontou que, para isso, precisa do consentimento e cooperação do governo.
A organização já está presente na Venezuela, onde forneceu ajuda e trabalha com o governo de Nicolás Maduro em programas de desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, agências como o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) também apoiam os venezuelanos que deixaram o país.
Questionado sobre o atual confronto entre o governo e a oposição em relação à entrada da ajuda humanitária organizada pelos EUA e por outros países contrários ao governo de Maduro e rejeitada por este, a ONU insistiu em que o importante é que a questão seja "despolitizada" e que atendam as necessidades do povo.
"Todos os necessitados devem ter acesso à ajuda humanitária", disse o porta-voz Farhan Haq.
Arreza afirmou que o encontro com Guterres foi "muito bom" e que o secretário-geral da ONU se mostrou "muito aberto" à ideia de reforçar a cooperação.
Após a reunião, a ONU emitiu um breve comunicado onde se limitou a explicar que Guterres reafirmou ao ministro venezuelano que "sua oferta de bons ofícios para as duas partes segue disponível para uma negociação que ajudará o país a sair do confronto atual para benefício dos venezuelanos". EFE
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