Americana e 4 iranianos são indiciados nos EUA por espionar para o Irã
Washington, 13 fev (EFE).- Uma americana e quatro iranianos foram indiciados nesta quarta-feira nos Estados Unidos por conspirar para "entregar informação de Defesa nacional a representantes do governo do Irã", segundo informou o Departamento de Justiça em comunicado.
Entre os acusados por um grande júri federal do Distrito de Columbia está a americana Monica Elfriede Witt, uma antiga agente de contraespionagem, de 39 anos, que desertou dos EUA ao Irã em 2013 e que supostamente ajudou os serviços de inteligência iranianos a atacar seus ex-companheiros.
Witt também é suspeita de ter revelado aos iranianos o nome codificado e dados de uma missão confidencial de um programa do Departamento de Defesa americano.
As autoridades dos EUA emitiram uma ordem de detenção contra Witt, que está foragida, e contra os demais acusados.
Além de Witt, quatro iranianos foram indiciados pelas mesmas acusações: Mojtaba Masoumpour, Behzad Mesri, Hossein Parvar e Mohamad Paryar, denominados como "ciberconspiradores".
Os quatro são suspeitos de suposta "conspiração e de tentativas de cometer uma intrusão informática e de roubo agravado de identidade entre 2014 e 2015 contra os ex-companheiros de Witt na Comunidade de Inteligência dos EUA (USIC, em inglês)".
Os supostos hackers trabalhavam para a Guarda Revolucionária iraniana e empregaram contas fictícias nas redes sociais para introduzir programas malignos que lhes permitissem acesso às redes informáticas da USIC.
Por outro lado, em uma ação coordenada, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou em comunicado a adoção de sanções contra duas organizações iranianas e nove cidadãos da República Islâmica.
Uma das entidades sancionadas é a New Horizon Organization, que, segundo o Tesouro, organizou "conferências internacionais em apoio aos esforços da Guarda Revolucionária Iraniana-Força Al Quds de recrutar e compilar inteligência dos participantes estrangeiros".
Além disso, os EUA acreditam que a New Horizon Organization se dedica a "propagar o antissemitismo e a negação do Holocausto".
Junto a esta entidade, o Departamento do Tesouro sancionou quatro iranianos vinculados a ela, como seu diretor-executivo.
Washington adotou uma medida similar contra a empresa Net Peygard Samavat Company, também conhecida como Net Peygard, e cinco pessoas relacionadas com ela supostamente envolvidas em uma campanha "cibernética maliciosa" para acessar e implantar programas malignos em sistemas informáticos de agentes de inteligência dos EUA.
Como consequência das sanções, ficam congelados os ativos que estas entidades e indivíduos possam ter sob jurisdição americana, assim como estão proibidas as transações financeiras com eles. EFE
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