Cuba diz estar disposta a receber médicos que decidiram ficar no Brasil
Havana, 13 fev (EFE).- Cuba está disposta a receber aos médicos cubanos que decidiram ficar no Brasil depois que as autoridades da ilha determinassem, no final do ano passado, a retirada dos seus colaboradores que participavam do programa "Mais Médicos".
O Ministério da Saúde Pública (Minsap) da ilha afirmou que está disposto a receber os médicos cubanos, "inclusive aqueles que decidiram não retornar após o término de sua missão" no Brasil e oferecer-lhes emprego no sistema nacional de saúde, segundo uma declaração divulgada por veículos de imprensa estatais.
"Nossa embaixada e consulados no Brasil estão prontos para apoiar o seu retorno, fornecendo-lhes a documentação necessária e ajudando-os em tudo o que estiver ao seu alcance", diz.
O Minsap afirmou que recentemente soube que o programa "Más Médicos" foi definitivamente cancelado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
A esse respeito afirma que o Brasil não cumpriu com ofertas de emprego para os médicos cubanos que escolheram não retornar para Cuba, assim como outros que formaram famílias com cidadãos brasileiros e que "cumpriram honrosamente" seu compromisso com a saúde pública cubana e com o povo brasileiro.
A declaração lembra que desde o dia 14 de dezembro do ano passado, os colaboradores da saúde cubana não participam mais do programa "Mais Médicos".
Essa decisão aconteceu por causa de algumas declarações de Jair Bolsonaro, que chamou os profissionais cubanos de "escravos" de uma "ditadura", além de questionar a preparação deles.
Então o Minsap explicou que determinou a retirada de seus médicos após as declarações "ameaçadoras e depreciativas" de Bolsonaro, que propôs modificações "inaceitáveis" ao programa e alheias aos pactos dos colaboradores, estabelecidos através da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). EFE
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