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Guarda Revolucionária do Irã acusa inteligência dos EUA de planejar atentado

13/02/2019 16h53

Teerã, 13 fev (EFE).- A Guarda Revolucionária do Irã acusou nesta quarta-feira terroristas sunitas e mercenários a serviço da inteligência dos Estados Unidos de serem os responsáveis pelo atentado que matou 20 soldados e deixou outros 20 feridos hoje.

"Os terroristas takfiri e os mercenários dos serviços de inteligência dependentes do regime da dominação e da arrogância (os EUA) realizaram um atentado suicida contra os guerreiros valentes do islã para amargurar a coragem da nação Irã", disse o corpo de elite das Forças Armadas do país em nota.

Segundo o comunicado, o terrorista suicida detonou um veículo carregado de explosivos contra um ônibus com integrantes da Guarda Revolucionária que cumpriram uma missão na fronteira do país.

O atentado ocorreu na região de Chanali, na província do Sistão-Baluchistão, que fica próxima ao Afeganistão e ao Paquistão.

Veículos da imprensa iraniana afirmam que o grupo extremista Jaish al Adl reivindicou o atentado contra a Guarda Revolucionária.

"O ataque ocorreu após a grande derrota aplicada à arrogância mundial pelo povo nobre e heroico do Irã nas celebrações do 40º da Revolução Islâmica", disse o órgão no comunicado.

O Irã comemorou há dois dias o 40º aniversário da vitória da Revolução Islâmica, que depôs o Xá Mohammad Reza Pahlavi do poder e instaurou um regime teocrático xiita de oposição aos EUA no país.

A província do Sistão-Baluchistão tem sido palco de vários ataques recentes realizados por extremistas sunitas.

A Guarda Revolucionária, junto ao Exército, já foram alvo de um grave atentado em setembro do ano passado que deixou com 24 mortos e 60 feridos durante um desfile militar em de Ahvaz, no oeste do país. EFE