Presidentes do Uruguai e da Argentina pedem eleições livres na Venezuela
Montevidéu, 13 fev (EFE).- Os presidentes do Uruguai, Tabaré Vázquéz, e da Argentina, Mauricio Macri, fizeram um apelo conjunto por eleições "livres e críveis" na Venezuela, depois de realizarem uma reunião a portas fechadas na residência presidencial uruguaia do Parque Nacional Aarón de Anchorena.
"Ambos países pedem que se encontre uma solução democrática com eleições livres, críveis e com controles internacionais confiáveis", afirma a declaração conjunta emitida por ambos governos após o encontro dos dois presidentes.
A tensão aumentou na Venezuela desde que, no último dia 23 de janeiro, o líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício por considerar "ilegítimo" o segundo mandato de Nicolás Maduro, reeleito em pleitos que a oposição tachou como "fraudulentos".
Esta ação aprofundou a crise política no país devido ao fato de que, além disso, boa parte da comunidade internacional, como os Estados Unidos e vários países europeus e latino-americanos, inclusive a Argentina, deram seu apoio a Guaidó e pressionam para que sejam convocadas novas eleições.
Já o Uruguai se declarou neutro diante da situação na Venezuela, e desde o início advogou por um diálogo nesse país, razão pela qual impulsionou uma iniciativa de um grupo de contato internacional para encontrar uma saída "venezuelana" à crise.
Por outro lado, segundo o documento conjunto emitido nesta quarta-feira, Vázquez e Macri também analisaram a situação do Mercosul, bloco integrado pela Argentina - que ostenta a presidência temporária desde dezembro do ano passado -, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Nesse sentido, ambos presidentes concordaram na "importância" do Mercosul e decidiram "reimpulsionar este processo de integração regional e sua modernização a respeito de perspectivas e modalidades para levar adiantes tratados comerciais com países fora da região ou com outros blocos regionais".
Apesar de ser Estado-parte do Mercosul, a Venezuela se encontra suspensa de todos os direitos e obrigações inerentes à sua condição de membro, em conformidade com o disposto no Protocolo de Ushuaia sobre o compromisso democrático no bloco. EFE
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