Tribunal militar acusa líder opositor de Camarões de insurreição
Yaoundé, 13 fev (EFE).- O principal líder da oposição de Camarões, Maurice Kamto, foi levado a uma prisão de máxima segurança após ser acusado por um tribunal militar de insurreição, rebelião e hostilidade à pátria, confirmou nesta quarta-feira à Agência Efe um dos seus advogados.
"Maurice Kamto, presidente do Movimento pelo Renascimento de Camarões (MRC), foi levado na madrugada de 13 de fevereiro à prisão de Kondengui em Yaoundé", declarou à Agência Efe o advogado Emmanuel Simh.
Kamto compareceu no final da noite de ontem diante de uma corte militar na capital camaronesa, após deixar a cela da sede do Grupo Especial de Operações (GSO) da Polícia, onde estava detido desde 28 de janeiro junto a outros membros de seu partido.
Simh indicou que tanto Kamto como outros dirigentes do MRC detidos junto com ele, terão que suportar agora condições "desumanas" na prisão e antecipou que iniciarão uma greve de fome como forma de protesto.
As autoridades acusam o líder opositor de incentivar manifestações "não autorizadas" em todo o país em 26 de janeiro, durante as quais pelo menos 12 ativistas ficaram feridos e cerca de outras 200 pessoas foram detidas em cidades como Yaoundé, Duala, Bangangté e Bafoussam, segundo os advogados.
Os manifestantes exigiam uma nova apuração dos resultados do pleito presidencial de 7 de outubro de 2018, nos quais Kamto ficou em segundo com 14,23% dos votos, frente aos 71,28% do presidente camaronês, Paul Biya.
O líder opositor mantém desde então que ele é o legítimo ganhador, defendendo-se em um documento que indica que teria obtido mais de 39% dos votos, acima dos 38% de Biya.
Paul Biya dirige Camarões desde 1982 e é o chefe de Estado que mais tempo está no poder na África depois do presidente de Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que governa desde 1979. EFE
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