Trump insinua que Colômbia está atrasada na erradicação do cultivo de coca
Washington, 13 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou nesta quarta-feira que a Colômbia está atrasada no trabalho para a erradicação do cultivo de coca durante uma reunião com o presidente colombiano, Iván Duque, que defendeu o ritmo de trabalho de seu governo nessa área.
"Estamos trabalhando juntos para que a Colômbia erradique o que está sendo cultivado. Neste momento eu não diria que está (sendo cumprido) antes do programado, mas espero que o façam em algum momento no futuro próximo", disse Trump ao receber Duque no Salão Oval da Casa branca.
O presidente colombiano pediu então para responder sobre o tema e afirmou que "nos primeiros quatro meses" do seu mandato foram erradicados "60 mil hectares, muito mais do que foi erradicado nos últimos seis meses".
"Temos um objetivo e estamos comprometidos com ele, porque é o nosso dever moral que a Colômbia fique livre das drogas ilegais e livre do narcotráfico", afirmou Duque.
Em setembro de 2017, Trump ameaçou eliminar o certificado dado à Colômbia pela luta contra as drogas, ou seja, incluir o país em uma lista negra onde figuram as nações que descumpriram seus compromissos internacionais contra o narcotráfico.
Enquanto isso, no Congresso dos EUA vários legisladores propuseram suspender ajuda enviada à Colômbia devido ao auge nos cultivos de coca, que em 2017 cresceram 17% e chegaram a um recorde de 171 mil hectares, 25 mil a mais do que em 2016, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
O governo do ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos conseguiu em março do ano passado um acordo com os EUA para trabalhar juntos com o objetivo de diminuir a produção de cocaína e cultivos de coca em 50% até 2023, e Duque se comprometeu a cumprir essa meta.
O ministro da Defesa da Colômbia, Guillermo Botero, informou em dezembro que em 2018 foi possível eliminar um total de 87.571 hectares de cultivos ilícitos, dos quais 60.016 hectares foram erradicados e 25.555 foram substituídos voluntariamente pelos camponeses. EFE
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