África do Sul reduz 25% das mortes de rinocerontes por caça ilegal
Johanesburgo, 14 fev (EFE).- A África do Sul fechou 2018 com uma redução de 25% no número de rinocerontes mortos pela caça ilegal, apesar da ameaça ainda ser muito grande para esta espécie, advertiu o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) nesta quinta-feira.
As mortes passaram de 1.028 em 2017 para 769 no ano passado, o que representa uma melhora com relação à tendência da última década, na qual as mortes vinham em geral aumentando ou registrando apenas pequenas diminuições. É a primeira vez em cinco anos que o número de exemplares mortos fica abaixo de mil.
O Parque Nacional Kruger - uma dos principais reservas naturais do continente africano e lar da maior parte da população de rinocerontes do país - foi novamente o espaço mais castigado, com 421 animais perdidos para a caça predatória.
"A crise para os rinocerontes está longe de terminar e é importante considerar o número de rinocerontes que ficam com vida tanto como as perdas pela caça ilegal", afirmou hoje o WWF em comunicado.
A organização advertiu também que, embora as mortes dos rinocerontes tenha diminuído, aumentaram as dos elefantes em lugares como o Kruger. O WWF elogiou o aumento das detenções de caçadores, mas alertou também que estes grupos se comportam como redes de crime organizado e que a "corrupção" mina a luta contra elas.
Os dados sobre as mortes de rinocerontes foram divulgados ontem pelo Ministério de Assuntos Ambientais da África do Sul, país que tem a maior colônia destes mamíferos do mundo. A nação possui 20 mil exemplares, contando os números dos brancos e dos negros (catalogadas em risco de extinção e vulnerável, respectivamente) e suas reservas são usadas para repovoar outras paisagens africanas onde estes animais praticamente desapareceram.
A África do Sul vem lutando contra um grave aumento da caça ilegal desde 2008 - em 2007 só 13 animais foram mortos - que, para as reservas naturais de todo o país, significa, por exemplo, incrementos de até 50% em gastos com segurança. Os caçadores buscam os chifres, que são vendidos principalmente nos mercados asiáticos - onde acredita-se que tenham propriedades curativas e afrodisíacas - por preços superiores aos do ouro. EFE
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