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Londres reitera que continuará cooperando em defesa com a UE após o "Brexit"

15/02/2019 13h30

Munique (Alemanha), 15 fev (EFE).- O ministro da Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson, reiterou nesta sexta-feira que, apesar do "Brexit", o "compromisso" de seu país com a defesa europeia "continua inalterável".

Williamson fez estas declarações na Conferência de Segurança de Munique (MSC), um fórum fundamental na política externa e de defesa, no qual político britânico discursou junto à ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen.

Williamson ressaltou que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) não afetará em absoluto a relação de Londres com os outros países do continente. Além disso, disse que é preciso "defender a aliança militar mais bem-sucedida da história", a Otan.

"Todos temos que assumir nossa responsabilidade com a segurança do continente. O Reino Unido continuará fazendo isso", desacou o ministro, que considerou que o compromisso da aliança de dedicar 2% do PIB à defesa não deve ser "um teto", mas "um piso".

A principal "ameaça" é a Rússia, disse Williamson, que lembrou episódios como a anexação da península ucraniana da Crimeia e o caso do envenenamento do ex-espião Serguei Skripal e sua filha Yuliya, e apostou em aumentar a pressão sobre Moscou para que "a ordem internacional" volte ao normal.

O ministro britânico afirmou, no entanto, que o "Brexit" permitirá ao Reino Unido "fazer mais no cenário global".

Além disso, pediu à UE que "não exclua" no âmbito militar seus aliados que não pertencem ao bloco em seu processo de integração na construção "de capacidades", em relação ao temor britânico quanto, após o "Brexit", os exércitos dos países europeus reduzam suas aquisições de armamento britânico. EFE