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Ataque jihadista em Burkina Faso deixa pelo menos seis mortos

Forças de segurança fazem ronda em Ouagadougou após ataque terrorista em agosto de 2017 - Hamany Daniex/Reuters
Forças de segurança fazem ronda em Ouagadougou após ataque terrorista em agosto de 2017 Imagem: Hamany Daniex/Reuters

Em Ouagadogou

16/02/2019 08h26

Seis pessoas, sendo cinco funcionários de alfândegas locais e um missionário salesiano espanhol, foram assassinadas na sexta-feira em Burkina Faso durante um suposto ataque jihadista na província de Boulgou, a 40 quilômetros da fronteira sul do país, informaram fontes de segurança neste sábado (16).

Os fatos ocorreram na cidade de Nohao, próxima a Gana, quando um grupo de jihadistas atentou contra o posto de alfândega, ataque que matou o missionário Antonio César Fernández Fernández, de 72 anos.

O salesiano faleceu após receber três disparos durante o ataque, que aconteceu durante a tarde de sexta-feira, quando retornava à sua comunidade em Ouagadogou junto a outros dois religiosos, que sobreviveram.

Os terroristas também queimaram pelo menos três veículos, segundo a Agência Burquinense de Informação (AIB), que detalhou que o veículo em que estava o religioso foi atacado em algum ponto entre Cinkansé e Bittou.

Este ataque faz parte de uma onda de violência que castiga Burkina Faso desde 2015, em um contexto de intensificação da ameaça terrorista nas últimas semanas após a realização da V Conferência de chefes de Estado do G5 do Sahel.

Em 4 de fevereiro, pelo menos 14 civis perderam a vida em outro ataque jihadista, e dois dias antes, quatro funcionários da Cruz Vermelha desapareceram em um aparente sequestro no norte do país.

Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel, junto ao Mali, Mauritânia, Níger e Chade, grupo que combate o terrorismo jihadista na região.