Bolsonaro exonera Bebianno, e general assume Secretaria-Geral
Brasília, 18 fev (EFE).- O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, anunciou em entrevista coletiva nesta segunda-feira que o presidente Jair Bolsonaro exonerou o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno.
Homem de confiança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral, Bebianno é o pivô de uma crise no seio do governo e do PSL, partido ao qual o presidente é afiliado: a suspeita de que participou de um suposto esquema para que candidatos "laranjas" da legenda nas eleições de 2018 recebessem e desviassem grandes quantias em verbas públicas. Apesar dos altos valores recebidos, os candidatos em questão tiveram poucos votos e não se elegeram.
Para o lugar de Bebianno na pasta, Bolsonaro nomeou o general da reserva Floriano Peixoto Neto.
"O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada", afirmou Rêgo Barros na coletiva, lendo uma breve nota à imprensa sobre a exoneração de Bebianno.
O porta-voz explicou que o motivo da exoneração é de "foro íntimo" do presidente. Entretanto, ela foi decidida pouco mais de uma semana após uma reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" informar que o PSL, do que Bebianno foi presidente, repassou R$ 400 mil a Maria de Lourdes Paixão Santos, candidata a deputada federal de Pernambuco, quatro dias antes das eleições de outubro, nas quais recebeu apenas 274 votos. A manobra levantou a suspeita de que ela fosse uma candidata "laranja" e que o dinheiro procedesse de fundo público de financiamento de campanhas.
Na época do repasse, Bebianno era presidente do PSL, cargo que deixou logo após ser nomeado ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
O escândalo gerou tensão no seio do governo e levou Bolsonaro a desmentir publicamente o então ministro, quem tinha afirmado que conversou com o presidente sobre o caso enquanto ele estava internado, se recuperando de uma cirurgia para a retirada de uma bolsa de colostomia.
O assunto ganhou dimensão ainda maior depois que um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, divulgou um áudio nas redes sociais chamando Bebianno de mentiroso e ressaltando que seu pai não falou com o ministro a respeito. EFE
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