Morre marinheiro da famosa foto do beijo em Nova York após II Guerra Mundial
Washington, 18 fev (EFE).- George Mendonsa, que afirmava ser o protagonista da icônica foto de um marinho que beija uma jovem vestida de enfermeira na Times Square para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial, morreu aos 95 anos, informaram nesta segunda-feira veículos de imprensa.
Mendonsa, que segundo o jornal "Providence Journal" nunca conseguiu convencer a revista "Life", que publicou a foto, de que ele era o marinho imortalizado pela lente de Alfred Eisenstaedt, morreu na cidade de Middletown, no estado de Rhode Island, dois dias antes de completar 96 anos.
Sharon Molleur, filha de Mendonsa, disse ao jornal que recebeu uma ligação ontem do lar de idosos onde seus pais viviam para avisá-la que ele tinha caído e momentos depois sofreu um ataque e faleceu.
A publicação relata que Mendonsa reivindicou durante 74 anos que ele era o marinheiro na foto que Eisenstaedt batizou como "V-J Day in Times Square", sem que a "Life" o tenha reconhecido.
Lawrence Verria, que escreveu com George Galdorisi o livro "The Kissing Sailor" (2012), indicou, citado pelo jornal, que a evidência das investigações para determinar se Mendonsa era o homem da foto é "arrasadora" e considerou que "não há dúvida" de que "este homem merece o crédito durante toda a sua vida".
Em outras declarações citadas pela emissora de televisão "CBS" em seu site, Verria indicou que as provas excluíram outros homens que diziam ser os protagonistas do beijo, exceto o marinheiro reformado de Middletown.
A jovem que aparece na fotografia vestida de enfermeira foi identificada como Zimmer Friedman, que morreu em 2016 aos 92 anos.
A "CBS" lembrou hoje que em 2012 reuniu novamente os protagonistas da foto no local onde tinha ela foi tirada.
"Quando vi a enfermeira, a agarrei e a beijei", relatou então Mendonsa sobre o fugaz encontro com Zimmer, que aconteceu no meio da euforia pelo fim da guerra.
"É uma história sobre a nossa nação e a Segunda Guerra Mundial", afirmou Verria, para quem "no final é uma história sobre dois tesouros nacionais que durante 60 anos não receberam o que lhes correspondia". EFE
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