"NYT" diz que empresas dos EUA sofreram ataques informáticos de Irã e China
Nova York, 18 fev (EFE).- Empresas e agências governamentais dos Estados Unidos sofreram ataques informáticos iranianos e chineses que os especialistas em segurança americanos vinculam com a decisão do presidente Donald Trump de abandonar o acordo nuclear com o Irã no ano passado e seus conflitos comerciais com a China, segundo o jornal "The New York Times".
Um resumo de um relatório de inteligência consultado pelo "Times" revela que empresas como Boeing, General Electric e T-Mobile estavam entre os alvos recentes das atividades de espionagem industrial na China, embora todas estas companhias tenham se negado a discutir estas supostas ameaças.
Os recentes ataques iranianos contra bancos, empresas e agências governamentais americanas foram mais extensos do que o informado anteriormente, pois dúzias de corporações e várias agências dos EUA teriam sido atacadas, de acordo com sete pessoas informadas sobre os episódios que não estavam autorizadas a discuti-los publicamente, relata o jornal.
Os ataques, atribuídos ao Irã por especialistas da Agência de Segurança Nacional e a empresa de segurança particular FireEye, provocaram uma ordem de emergência do Departamento de Segurança Nacional durante a paralisação do governo no mês passado.
Os ataques iranianos coincidem com uma nova ofensiva chinesa orientada supostamente a roubar segredos comerciais e militares de empreiteiros militares e companhias de tecnologia americanas, segundo nove funcionários de inteligência, investigadores de segurança privada e advogados familiarizados com os ataques que os discutiram sob condição de anonimato devido a acordos de confidencialidade.
A ciberespionagem chinesa diminuiu sua atividade há quatro anos, depois que o ex-presidente dos EUA Barack Obama e o presidente da China, Xi Jinping, chegaram a um acordo histórico para deter os roubos de segredos comerciais.
Mas o acordo de 2015 parece ter sido cancelado extraoficialmente em meio à contínua tensão comercial entre EUA e China, disseram funcionários de inteligência e investigadores de segurança privada citados pelo "Times".
"O ciberespaço é uma das vias que os adversários podem usar para nos atacar e retaliar de formas efetivas e desagradáveis que estão muito abaixo do limiar de um ataque armado e das leis de guerra", disse Joel Brenner, ex-líder da contrainteligência dos EUA. EFE
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