Putin não foi avisado com antecedência sobre prisão de americano, diz Kremlin
Moscou, 18 fev (EFE).- O Kremlin declarou nesta segunda-feira que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não foi informado com antecedência sobre a detenção do investidor americano Michael Calvey e de outros executivos da companhia de investimentos Baring Vostok Capital Partners, que no fim de semana foram colocados em prisão preventiva sob a acusação de fraude.
"Não podemos saber quando foi tomada a decisão sobre a detenção, porque esta decisão não é tomada na Presidência, mas em outras instâncias. O presidente (Putin) soube (da detenção) depois que a informação foi veiculada na imprensa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência russa "Interfax".
Segundo as investigações russas, Calvey e os outros detidos se apropriaram de mais de 2,5 bilhões de rublos (em torno de US$ 40 milhões) pertencentes ao banco russo Vostochni.
O investidor americano, por sua vez, denunciou que a perseguição judicial contra si está vinculada a um conflito corporativo com acionistas do Vostochni.
Ao ser perguntado se as tensões entre Moscou e Washington poderiam ter alguma influência na situação de Calvey, o porta-voz do Kremlin garantiu que "o estado das relações da Rússia com outros países nunca influi nas atividades dos investidores estrangeiros".
"Podemos constatar que, neste momento, ele (Calvey) não pode ser considerado culpado de nenhuma acusação, pois ainda não houve julgamento", afirmou o porta-voz da presidência russa.
Peskov acrescentou que o Kremlin segue atenciosamente o desenrolar da situação em torno do caso Calvey e que acredita que este "não pode, nem deve, influenciar no clima de investimentos da Rússia".
"Os órgãos judiciais dos países trabalham para defender a lei, para garantir a legalidade. Isto pode ocorrer em qualquer país em relação a qualquer empresário", resumiu Peskov. EFE
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