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Sobe para 24 o número de mortos por explosão de carros-bomba na Síria

18/02/2019 16h06

Beirute, 18 fev (EFE).- O número de mortos pela explosão de dois carros-bomba na cidade de Idlib, no norte da Síria, aumentou nesta segunda-feira para 24, entre eles 16 civis, e dezenas de pessoas ficaram feridas, informaram o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) e a Defesa Civil Síria (também conhecida como "Capacetes Brancos").

Entre os civis pelo menos quatro são crianças, enquanto outros quatro são combatentes e o restante ainda não foi identificado, segundo o OSDH, cuja sede se encontra no Reino Unido, mas que conta com uma ampla rede de colaboradores no terreno.

Os "Capacetes Brancos", por sua vez, confirmaram no Twitter que 16 civis tinham morrido e 85, incluindo um voluntário do corpo de resgate que opera em áreas controladas pela oposição, tinham ficado feridos pela explosão de dois carros-bomba.

A Defesa Civil Síria indicou que dois veículos-bomba explodiram no centro da cidade de Idlib ao meio-dia (horário local) e que os voluntários estão realizando "operações de resgate e extinguindo o fogo causado pelas explosões".

A segunda explosão aconteceu assim que as ambulâncias chegavam para socorrer os feridos da primeira, de acordo com o OSDH.

Nenhuma das duas fontes detalhou a origem desses ataques e, até o momento, nenhum grupo assumiu sua autoria.

A cidade de Idlib é controlada pelo Organização para a Libertação do Levante, como é chamada a coalizão armada criada em torno do antigo braço da Al Qaeda na Síria.

A província de Idlib se transformou no último bastião opositor ao presidente sírio, Bashar al Assad, que preparava uma ofensiva governamental contra a região até que um acordo firmado em 17 de setembro entre Rússia e Turquia a paralisou momentaneamente.

O acordo estipulou a criação de uma faixa desmilitarizada de aproximadamente 20 quilômetros que abrange as províncias de Hama, Aleppo, Idlib e Latakia, todas no norte do país.

Desde que o acordo foi estipulado, essa área foi alvo de muitos ataques, tanto das forças leais a Assad como dos insurgentes que se encontram na região. EFE