Topo

Diocese de Oakland, nos EUA, divulga nomes de 45 padres acusados de abusos

19/02/2019 16h31

São Francisco (EUA), 19 fev (EFE).- A diocese de Oakland (Califórnia) publicou nesta terça-feira uma lista com os nomes de 45 padres que foram acusados "de forma crível" de abusar sexualmente de menores, se somando assim às ações que estão sendo tomadas em vários bispados do país.

Com o objetivo de "ajudar a aliviar aqueles que sofreram" por causa das práticas dos clérigos, o bispo de Oakland, Michael Barber, enviou uma carta com a lista de nomes aos seus fiéis em uma medida que chamou de "ato de remorso".

"São crimes monstruosos, cometidos por sacerdotes que supostamente deveriam ser um modelo de virtude e graça, não de pecado e dor. Minha primeira reação quando vi a lista dos nomes dos padres que cometeram abusos foi de uma profunda vergonha", afirmou Barber.

A lista tem 20 sacerdotes da diocese de Oakland, três de outras dioceses e 22 membros de ordens religiosas, como os Salesianos e os Franciscanos, que estiveram em algum momento no bispado.

A maioria dos padres que tiveram seu nomes publicados já morreu e os que continuam vivos foram excomungados e expulsos da vida eclesiástica.

Um dos nomes que aparece na lista, monsenhor Vincent Breen, foi acusado nos anos 80 de abusar de pelo menos oito meninas na paróquia na qual trabalhava e faleceu em 1986.

A diocese de Oakland (na área da baía de São Francisco) supervisiona 84 paróquias e 54 escolas católicas nos condados de Alameda e Contra Costa, onde calcula-se que vivem aproximadamente meio milhão de católicos.

Nos últimos meses, vários bispados dos EUA publicaram listas com os nomes de sacerdotes acusados de abusos sexuais, como já fizeram as dioceses californianas de San José, Stockton e San Diego e mais recentemente as do Brooklyn (Nova York) e as cinco do estado de Nova Jersey.

No último sábado, a Congregação para a Doutrina da Fé expulsou do sacerdócio o ex-cardeal e arcebispo emérito de Washington Theodore McCarrick, após uma investigação ordenada pelo papa Francisco por abusos sexuais de menores e seminaristas. EFE