Guiadó acusa Maduro de buscar auxílio externo para tomar decisões
Caracas, 19 fev (EFE).- O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela (parlamento), Juan Guaidó, que em janeiro se autoproclamou presidente interino do país, disse nesta terça-feira para o governante Nicolás Maduro que "os que têm que telefonar para uma ilha para tomar decisões são outros".
Guaidó fez essa declaração aos jornalistas depois de se reunir com vários embaixadores europeus em resposta ao governo de Maduro, que ontem afirmou que os Estados Unidos querem "instaurar na Venezuela um governo-marionete que aprove o saque de seus recursos".
"Diante do evidente fracasso da agenda golpista desenhada em Washington, com o objetivo de instaurar na Venezuela um governo-marionete que aprove o saque de seus recursos, Donald Trump pretende agora ditar ordens diretas aos militares venezuelanos para que não reconheçam a Constituição", afirmou o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em comunicado.
Diante desta acusação, Guaidó ressaltou que a opção de levar ajuda humanitária à Venezuela é uma "decisão soberana".
A ajuda humanitária começou a ser armazenada na cidade colombiana de Cúcuta, próxima da fronteira com a Venezuela, onde foi instalado o primeiro dos centros de armazenamento em que uma coalizão internacional está reunindo remédios e alimentos.
Os outros dois pontos de armazenamento estarão em Roraima, estado brasileiro que faz fronteira com a Venezuela, e na ilha de Curaçao, um território autônomo dos Países Baixos situado no Mar do Caribe.
No entanto, os militares venezuelanos bloquearam a ponte de Las Tienditas, uma moderna infraestrutura que ainda não foi inaugurada oficialmente perto de Cúcuta, que liga a Venezuela com a Colômbia e por onde estava prevista a entrada da ajuda humanitária.
"O presidente encarregado está ordenando (aos militares) que permitam a entrada da ajuda e que, de uma vez por todas, se pronunciem a respeito do fim da usurpação, sobre o governo de transição e a convocação de eleições livres", disse Guaidó sobre a agenda que estabeleceu dentro do processo de transição. EFE
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