Timoshenko acusa Poroshenko de comprar votos e manipular censo eleitoral
Kiev, 19 fev (EFE).- Yulia Timoshenko, líder da oposição da Ucrânia, acusou nesta terça-feira o presidente do país, Petro Poroshenko, de criar uma pirâmide para comprar seis milhões de votos e de manipular o censo eleitoral para vencer as eleições que serão realizadas no próximo dia 31 de março.
"O nosso objetivo é conter totalmente a compra de voto e devolver as eleições ao caminho honesto e democrático. E conseguiremos isso. Poroshenko não comprará votos em larga escala na Ucrânia", disse Timoshenko em entrevista à imprensa local.
Timoshenko foi até a sede do Ministério do Interior nesta terça-feira como testemunha nos dois casos penais abertos contra o presidente por compra de votos e manipulação do censo.
A ex-primeira-ministra da Ucrânia afirmou que sua equipe conseguiu provas sobre a criação de uma pirâmide de compra de votos, fraude que seria coordenada pelo deputado Sergei Berezenko.
Poroshenko e seus assessores, segundo a ex-premiê, pretendiam pagar 1 mil grivnas (US$ 36) para cada eleitor para garantir o apoio ao novo mandato do atual presidente ucraniano.
"Todo o país sabe quem compra e quanto o presidente paga por cada voto. Eles consideram que 6 milhões de votos garantirão que eles passem para o segundo turno", afirmou Timoshenko.
Sobre o censo eleitoral, a líder da oposição denunciou que a Comissão Eleitoral Central elevou em 1 milhão o número de pessoas aptas a votar no país no próximo pleito, um número inconsistente se considerado o êxodo dos ucranianos após o início da guerra com os separatistas pró-Rússia.
"Está claro que Poroshenko quer utilizar para a votação 'almas mortas'", afirmou Timoshenko, acusando o presidente de querer incluir no censo eleitoral pessoas que já faleceram.
Timoshenko disse confiar que o ministro do Interior, Arsen Avakov, irá impedir a compra de votos e tornar públicas as provas de manipulação apresentadas por sua equipe.
As denúncias apareceram logo depois de Timoshenko despencar nas últimas pesquisas após liderá-las desde outubro do ano passado.
Nos levantamentos mais recentes divulgados no país, o comediante Vladimir Zelenski lidera a disputa, com Poroshenko no segundo lugar.
Segundo analistas políticos, somente os três têm chances de chegar ao segundo turno das eleições de março, que definirão quem comandará o país até 2024. EFE
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