Trump fala com Moon e diz não haver pressa para desnuclearizar Coreia
Washington, 19 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que não tem pressa para completar o processo de desnuclearização da Coreia do Norte, desde que não haja mais testes nucleares ou de mísseis, depois de falar por telefone sobre o assunto com seu homólogo sul-coreano, Moon Jae-in.
Trump disse aos jornalistas que tinha conversado com Moon sobre a reunião de cúpula que terá na semana que vem no Vietnã com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e antecipou que nesta quarta-feira falará sobre o mesmo assunto com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
"O objetivo final é a desnuclearização da Coreia do Norte, e acredito que a veremos. Mas não tenho um calendário urgente a respeito", declarou o presidente americano no Salão Oval da Casa Branca.
"Não tenho nenhuma pressa, enquanto não houver testes (nucleares), não tenho pressa", acrescentou.
Trump comentou ainda que a Coreia do Norte "pode ser uma potência econômica tremenda", porque "sua localização entre Rússia, China e Coreia do Sul é incrível", e ressaltou que agora há "uma sensação diferente" a respeito do "perigo" que Pyongyang representa, porque há tempos não realiza testes nucleares ou balísticos.
"Espero que aconteçam coisas muito positivas. Acho que serão dois dias muito emocionantes", destacou a respeito de seu encontro com Kim, nos próximos dias 27 e 28 de fevereiro.
A cúpula de Hanói será a segunda entre Trump e Kim, após a que realizaram em junho do ano passado em Singapura, na qual o líder norte-coreano se comprometeu a avançar para a desnuclearização da península da Coreia em troca de garantias dos EUA sobre sua segurança.
Até agora não houve avanços claros nesse processo de desnuclearização, e Pyongyang reivindica concessões por parte de Washington, como o alívio de sanções impostas pelos EUA e pela ONU como castigo por seus testes de armas, como condição para tomar medidas a respeito.
A emissora "CNN" assegurou nesta segunda-feira que EUA e Coreia do Norte estão avaliando a possibilidade de trocar "funcionários de conexão", uma espécie de enviados especiais que assentariam as bases para iniciar relações diplomáticas no futuro se continuar o atual clima de distensão.
De acordo com o jornal "Los Angeles Times", Trump também gostaria de sair da cúpula em Hanói com uma declaração de paz entre as duas Coreias, que seguem tecnicamente em guerra desde o armistício de 1953, mesmo se tratando de um documento político e não de um tratado vinculativo. EFE
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