Listras das zebras atordoam insetos e protegem de picadas
Los Angeles (EUA), 20 fev (EFE).- As listras das zebras "atordoam" e afugentam os insetos que as picam e transmitem doenças, concluiu uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira por universidades de Estados Unidos e Reino Unido.
Segundo o estudo, a diferente intensidade com que os dois tipos de listra no couro das zebras refletem a luz pode "cegar" com o seu brilho as moscas e mosquitos grandes quando se aproximam para pousar na pele do animal e sugar seu sangue.
Cientistas da universidade da californiana UC Davis e da Universidade de Bristol descobriram que as listras das zebras podem ser um fator dissuasório para estes insetos após observar com a ajuda de vídeos e drones a reação dos diferentes equinos aos insetos.
"As moscas dos equinos simplesmente parecem voar sobre as listras da zebra ou se chocar contra elas, o que não acontece com os cavalos", explicou Tim Caro, professor emérito da UC Davis e membro honorário do setor de pesquisa da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Bristol.
As moscas e insetos que sobrevoam os equinos pousam com menor frequência nas zebras do que sobre os cavalos, acrescentou Caro, coautor do estudo.
"As listras podem atordoar as moscas de alguma maneira quando estão perto o suficiente para vê-las com seus olhos de baixa resolução", acrescentou Martin How, pesquisador da Universidade Royal Society e coautor do estudo publicado hoje na revista acadêmica "Plos One".
Os cientistas observaram números similares de moscas que sobrevoam tanto os cavalos como as zebras, mas a quantidade de moscas que pousam sobre os cavalos é superior.
Em um estudo anterior, Caro afirmou que o pelo das zebras é em geral mais curto que o dos cavalos e outros equinos, por isso elas são mais suscetíveis às picadas das moscas.
O relatório notou que a reação dos animais quando uma mosca ou um mosquito grande posam sobre eles é diferente.
Enquanto o cavalo apresenta menos mobilidade quando uma mosca pousa sobre sua pele, a zebra balança a cabeça, agita cauda e se move de lugar com mais frequência, obrigando o inseto a levantar voo.
Isto faz com que os insetos que pousam sobre os cavalos tenham mais tempo para picar o animal do que em relação às zebras.
O estudo concluiu que as listras nas zebras foram uma forma de defesa do animal para os ataques dos insetos, o que apresenta importantes implicações para o trabalho de proteção dos cavalos e outros equinos contra as picadas.
Além disso, pode representar uma resposta ao motivo da existência das listras nas zebras, uma pergunta que causou curiosidade nos cientistas durante anos. EFE
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