Ajuda humanitária para Venezuela entrará pela fronteira com a Colômbia
Cúcuta (Colômbia), 21 fev (EFE).- A ajuda humanitária para a Venezuela entrará no país a partir do próximo sábado por diferentes passagens na fronteira com a cidade colombiana de Cúcuta, anunciou nesta quinta-feira a deputada venezuelana exilada Gaby Arellano.
"Meu chamado é aos compatriotas, meus irmãos. Espero vocês nas pontes internacionais. Espero vocês nessas passagens onde nossas mães e nossos filhos tiveram que se separar, nessas passagens onde choramos e por onde tivemos que sair correndo quando a ditadura nos persegue", disse Gaby em entrevista coletiva.
Cúcuta, capital do departamento colombiano de Norte de Santander, está interligada pela ponte internacional Simón Bolívar com a cidade venezuelana de San Antonio, no estado Táchira.
A ponte Francisco de Paula Santander une Cúcuta com a cidade de Ureña, assim como a ponte Las Tienditas, cuja construção foi concluída em 2016 e até hoje não foi aberta, e no lado colombiano está armazenada a ajuda humanitária para a Venezuela.
Uma quarta ponte na região, a La Unión, é uma estrutura menor entre as localidades de Puerto Santander (Colômbia), vizinha a Cúcuta, e a venezuelana de Boca del Grita.
"Temos que transformar essas passagens a partir do sábado no ponto de encontro, no ponto de irmandade, no abraço fraterno, na foto que vai a dar a volta ao mundo no domingo", acrescentou Gaby, do partido Vontade Popular, o mesmo do chefe do Parlamento e autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó.
O convite aos habitantes de Táchira é para "abrir as portas para a Venezuela, para voltar os 29 municípios do Estado rumo à fronteira, a todas as pontes, a todos as passagens vestidos de branco, em silêncio, porque nós somos firmes, não somos covardes", acrescentou a deputada.
No último dia 12, Guaidó anunciou que prevê a entrada da ajuda humanitária na Venezuela no próximo domingo, apesar da recusa do presidente Nicolás Maduro, que não reconhece a legitimidade do líder do Parlamento.
Na mesma entrevista coletiva, o deputado venezuelano José Manuel Olivares, do partido Primeiro Justiça, manifestou que quem participará do processo não será "o governo anterior", por isso "não vamos passar por atalhos, nem vamos passar de madrugada, nem somos contrabandistas. Isso é parte do passado da história da Venezuela".
Além disso, os deputados informaram que em ambos os lados da fronteira haverá membros da Igreja Católica e Evangélica, uma missão de paz e observação da Organização de Estados Americanos (OEA) e parlamentares de toda a América Latina.
Olivares afirmou que um avião com mais de 50 toneladas de ajuda humanitária para a Venezuela saiu nesta quinta-feira dos Estados Unidos para Curaçao, onde fica um dos três pontos de recepção e armazenamento de mantimentos e remédios.
"Um avião saiu da Flórida rumo a Curaçao, cheio de esperança, cheio de remédios, cheio de ajuda", disse o deputado.
O político acrescentou que um navio também zarpou de Porto Rico para a Venezuela com 250 toneladas de ajuda humanitária, como anunciou ontem Guaidó. EFE
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