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Combates em cidade produtora de petróleo na Líbia deixam pelo menos 14 mortos

21/02/2019 15h59

Trípoli, 21 fev (EFE).- Pelo menos três soldados da força leal ao marechal Khalifa Hafter, homem forte da Líbia, e 11 milicianos morreram nos combates que desde quarta-feira ocorrem na cidade de Murzuk, fundamental para o controle da indústria petrolífera no sul do país, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes de Segurança.

Segundo as mesmas fontes, outras 15 pessoas, a maioria membros das tribos locais que defendem a população, ficaram feridas na ofensiva lançada por Hafter, que luta por conservar o controle de todos os recursos petroleiros da Líbia.

"As batalhas e os enfrentamentos ocorrem desde ontem em várias zonas da cidade", situada a cerca de 900 quilômetros ao sul da capital, disseram.

As forças do marechal, que domina há três anos a produção no golfo oriental de Sidra, núcleo da indústria petrolífera líbia, entraram em seis de fevereiro na jazida de Al Sharara, no sudoeste do país, que é explorada pela multinacional espanhola Repsol.

Desde então, empreendeu uma campanha militar para garantir a segurança da mesma e recuperar a produção - calculada em cerca de 350 mil barris de petróleo diários - parada desde dezembro de 2018 por causa da instabilidade bélica.

Além de combater às milícias ligadas ao governo rival sustentado pela ONU em Trípoli, os homens de Hafter iniciaram uma série de negociações tanto com líderes locais como com enviados da Repsol, da Companhia Nacional Líbia de Petróleo (NOC) e outras multinacionais estrangeiras estabelecidas na região.

O controle da Al Sharara implica também em uma mudança importante no conflito político do país, já que é chave para a subsistência energética e financeira do governo sustentado pela ONU em Trípoli, que começa a ficar encurralado na capital. EFE