Rússia acusa EUA e Otan de planejar entrega de armas à oposição venezuelana
Moscou, 22 fev (EFE).- O Governo da Rússia acusou nesta sexta-feira os EUA e seus aliados da Otan de trabalhar em planos para entregar armas à oposição venezuelana.
"Há informação sobre empresas americanas e aliados da Otan que trabalham na questão da compra de grandes lotes de armas e munição em um país do leste europeu para transferi-las às forças opositoras da Venezuela", afirmou a porta-voz de Relações Exteriores, Maria Zakharova em uma coletiva de imprensa.
A porta-voz mencionou metralhadoras pesadas, lança-granadas automáticos, sistemas de defesa aérea portátil (MAPNADS) e vários tipos de artilharia como possíveis provisões, segundo a agência "Interfax".
Zakharova sustentou que os EUA - que apoia o autoproclamado presidente encarregado da Venezuela e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, está planejando transferir as armas à oposição da Venezuela "no começo de março" em várias rodízios.
Isso será feito com a ajuda de aviões de carga da "empresa estatal (ucraniana de transporte e aviação) Antonov, entre outros".
A porta-voz do ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, afirmou que os EUA estão desdobrando "forças especiais e equipamento (militar) perto da fronteira venezuelana".
Zakharova alegou que os EUA planejam atravessar a fronteira "sob o pretexto do envio de ajuda humanitária".
A Rússia, que apoia o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acredita que é preparada "uma perigosa provocação a grande escala" liderada e instigada pelos EUA para este sábado, com o "cruzamento da fronteira venezuelana de um suposto comboio humanitário que pode provocar enfrentamentos entre partidários e opositores" do líder.
Com isso, Washington pretende criar "um pretexto conveniente para uma ação militar para tirar do poder o atual presidente legítimo do país", recalcou a porta-voz de Relações Exteriores.
Guaidó reafirmou na quinta-feira em um "decreto presidencial" a autorização para o ingresso de ajuda humanitária que o Governo do presidente Nicolás Maduro se nega a aceitar, e pediu aos militares que atuem de acordo com sua instrução. EFE
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