Antichavistas no Brasil se dizem dispostos a acampar até entrada de ajuda
Pacaraima (Brasil), 23 fev (EFE).- Centenas de antichavistas reunidos na fronteira do Brasil com a Venezuela afirmaram neste sábado que estão "dispostos a acampar" na divisa entre ambos os países, fechada pelo governo de Nicolás Maduro, até que seja permitida a entrada da ajuda humanitária.
Duas caminhonetes grandes, carregadas com alimentos e remédios, continuam estacionadas na cidade de Pacaraima, mas em uma área considerada neutra e a uma distância de 300 metros do posto de controle fronteiriço venezuelano, que está custodiado por militares desse país.
Sob um intenso calor, os manifestantes disseram que "estão dispostos a acampar", se o bloqueio continuar, segundo disse Tomás Silva, que se declarou enviado especial do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó.
A ideia, segundo Silva, é permanecer na fronteira até que os militares venezuelanos permitam a entrada dos dois veículos em território venezuelano.
Vários dos manifestantes tentaram falar com os militares venezuelanos, mas disseram que estes "continuam inflexíveis" e deram a entender que reprimirão a concentração caso haja uma tentativa de atravessar a fronteira.
Os antichavistas que estão reunidos ao redor dos veículos, cujo número diminuiu nas últimas horas, continuam esperando a manifestação que aparentemente acontece em Santa Elena de Uairén, no estado venezuelano de Bolívar e a cerca de 20 quilômetros desse ponto na fronteira.
Alguns dos manifestantes do lado brasileiro afirmam que membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) atiraram contra moradores do estado de Bolívar, um fato que também foi denunciado nas redes sociais pelo deputado opositor Américo De Grazia.
Segundo essas fontes, "há feridos" e "repressão". Além disso, duas ambulâncias procedentes da Venezuela cruzaram a fronteira e entraram em território brasileiro com supostas vítimas da ação policial. EFE
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