Distúrbios na fronteira entre Colômbia e Venezuela deixam 285 feridos
Cúcuta (Colômbia), 23 fev (EFE).- O número de pessoas que ficaram feridas durante os distúrbios gerados pela passagem da ajuda humanitária da Colômbia para a Venezuela chegou a 285, informou neste sábado em Cúcuta o chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo.
"Estes fatos que violam os direitos humanos causados em território venezuelano deixam até o momento um número de 285 feridos", informou Trujillo em uma declaração conjunta com o ministro da Defesa, Guillermo Botero, e o diretor de Migração da Colômbia, Christian Krüger Sarmiento.
Trujillo afirmou que entre os feridos, 255 são cidadãos venezuelanos e 30 são colombianos, e acrescentou que a maioria deles foi afetada por gás lacrimogêneo e pelo uso "de armas não convencionais".
Além disso, o chanceler colombiano afirmou que 37 das vítimas precisarão ser hospitalizadas, por isso foram levadas a centros médicos da região.
"Esta ação pacífica e de caráter humanitário foi interrompida pela Venezuela sob o regime usurpador de (Nicolás) Maduro com uma repressão violenta", disse o chanceler colombiano em referência à entrega de ajuda humanitária ao país vizinho.
Durante a tarde, as autoridades venezuelanas bloquearam a passagem na ponte internacional Francisco de Paula Santander dos primeiros caminhões com ajuda humanitária proveniente da Colômbia e lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes que os acompanhavam.
Na ponte Simón Bolívar, outro ponto fronteiriço entre Colômbia e Venezuela, membros da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) venezuelana fecharam o acesso aos manifestantes.
Diante desse cenário, Trujillo disse que "hoje o mundo foi testemunha de que Colômbia, Chile, Paraguai, Estados Unidos e muitos países da região realizaram uma ação multilateral humanitária e pacífica para levar alimentos e remédios aos cidadãos venezuelanos".
Por sua vez, o ministro da Defesa, Guillermo Botero, disse que muitos dos feridos estavam nas passagens ilegais da porosa fronteira entre os dois países, que se estende ao longo de 2.219 quilômetros.
"Muitos dos feridos estavam nos atalhos que se comunicam com a Venezuela", explicou Botero, que acrescentou que essas pessoas decidiram retornar à Colômbia pelos mesmos caminhos "em busca de assistência médica". EFE
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