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Presidente de Cuba chama presidentes de Colômbia e Chile de "palhaços"

24/02/2019 18h06

Havana, 24 fev (EFE).- O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chamou de "palhaços" os presidentes de Colômbia, Iván Duque, e Chile, Sebastián Piñera, por terem participado da tentativa de enviar ajuda humanitária à Venezuela.

"Ontem pareciam palhaços um grupo de presidentes na fronteira colombiana", expressou Díaz-Canel, que assumiu o poder em abril do ano passado em substituição a Raúl Castro, em um pronunciamento diante dos veículos de imprensa por conta do referendo sobre a nova Constituição realizado hoje em Cuba.

O líder cubano afirmou que Piñera e Duque "têm mais problemas que o presidente da Venezuela", Nicolás Maduro, e especificou que a Colômbia "teve um conflito de guerra durante anos", enquanto o Chile "ainda deve ao povo o julgamento de criminosos da ditadura de Pinochet".

Os presidentes de Colômbia e Chile, junto ao do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, deram no sábado a ordem de saída maciça de ajuda humanitária à Venezuela, mas a operação foi impedida pelas forças de segurança do país caribenho.

Díaz-Canel afirmou que a presença de chefes de Estado latino-americanos no ato só se explica em sua "falta de dignidade", e os considerou cúmplices de um suposto plano dos Estados Unidos destinado a "fraturar as nossas identidades" para conseguir a "estandardização da cultura americana" e finalmente "dominar o mundo".

"Estamos vivendo um momento de ameaça imperial. Há toda uma intenção por impor uma plataforma de restauração capitalista e neoliberal na América Latina", disse o líder cubano.

Desde o início da atual crise política na Venezuela, Cuba expressou seu apoio incondicional a Nicolás Maduro e acusou os EUA de orquestrarem uma trama para tomar o poder político e os recursos do país petroleiro.

O governo de Díaz-Canel também apoiou Maduro na sua decisão de fechar as fronteiras e impedir a entrada da ajuda humanitária enviada pelos EUA e outros países, ao considerar a assistência um pretexto para uma intervenção militar. EFE