China critica "politização" de entrega de ajuda à Venezuela e pede diálogo
Pequim, 25 fev (EFE).- A China mostrou nesta segunda-feira sua preocupação com a situação na Venezuela, criticou a "politização" da entrega de assistência humanitária ao país, e pediu "diálogo e soluções políticas" para resolver a atual crise.
"A situação dentro e fora da Venezuela é instável, inclusive turbulenta, o que não é bom para nenhuma das partes", afirmou o porta-voz da Chancelaria chinesa Lu Kang em comunicado, após os confrontos do sábado entre opositores e forças governamentais nas fronteiras com Colômbia e Brasil.
Na fronteira com o Brasil, os confrontos deixaram três mortos, segundo o Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS), além de dezenas de feridos.
O porta-voz da diplomacia chinesa pediu ao Governo e à oposição que busquem "soluções políticas através do diálogo e da consulta, mas dentro dos marcos legais e constitucionais".
Além disso, criticou que "forças externas" intervenham nos assuntos internos venezuelanos e mostrou sua oposição à "politização" da entrega de assistência humanitária ao país caribenho.
Lu também pediu à comunidade internacional que respeite "os princípios básicos das relações internacionais e tome ações que realmente conduzam à estabilidade do país, ao seu desenvolvimento econômico e à melhoria da vida do povo".
"Esperamos que a comunidade internacional forneça assistência construtiva à Venezuela desde que respeite sua soberania", afirmou o porta-voz.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, impediu a entrada no país da ajuda humanitária solicitada pelo chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, que se proclamou no dia 23 de janeiro passado presidente interino do país e foi reconhecido por cerca de 50 nações, entre elas Brasil, Colômbia e Estados Unidos. EFE
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