CIDH contabiliza 26 mortos e 77 feridos durante protestos no Haiti
Washington, 25 fev (EFE).- Pelo menos 26 pessoas morreram e outras 77 ficaram feridas durante incidentes violentos ocorridos desde o último dia 7 de fevereiro no Haiti, como consequência dos protestos populares, segundo a apuração publicada nesta segunda-feira pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Em vários tweets, a CIDH afirmou que esse é o saldo de vítimas contabilizadas até o momento e manifestou sua "preocupação" com a situação no Haiti.
A entidade acrescentou que solicitou "informação sobre bloqueios de ruas, avenidas e estradas; violência dirigida a manifestantes; disparos esporádicos e detenções de pessoas no marco dos protestos" neste país.
Além disso, expressou sua inquietação diante de uma situação que "teve um impacto sério na provisão de bens e serviços essenciais para a alimentação, a água potável e a saúde, assim como no fechamento de hospitais, escolas, alfândegas portuárias e aeroportos".
Milhares de pessoas saíram às ruas durante este mês para exigir a renúncia do presidente Jovenel Moise, em protestos que deixaram pelo menos nove mortos, de acordo com a contagem das autoridades do Haiti.
As manifestações têm se tornado cada vez mais violentas, com saques de estabelecimentos, ruas bloqueadas com pneus em chamas e queima de veículos.
Estes incidentes, que aumentaram a insegurança no país mais pobre da América e provocaram um clima de incerteza, acontecem em meio a uma dura crise econômica, que se agravou este ano com uma forte desvalorização do gourde, a moeda oficial, e uma inflação galopante.
Além de exigir a renúncia de Moise, a quem a oposição culpa pela crise econômica, os manifestantes pedem justiça pelas supostas irregularidades no programa Petrocaribe, através do qual a Venezuela fornece petróleo a este país a preços módicos.
Uma auditoria apresentada na semana passada pelo Tribunal de Contas revelou irregularidades entre 2008 e 2016 neste programa e responsabilizou 15 ex-ministros e atuais funcionários que estão envolvidos neste caso, assim como uma empresa que Moise dirigia antes de chegar à presidência.
O governo haitiano fez várias chamadas ao diálogo, mas as facções de oposição mais radicais, como o Setor Democrático e Popular, se recusam a sentar-se para negociar e anunciaram novas mobilizações após alguns dias de relativa calma. EFE
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