EUA apoiarão Colômbia se for ameaçada por defender democracia na Venezuela
Bogotá, 25 fev (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, advertiu nesta segunda-feira, em Bogotá, que se algum país ameaçar a Colômbia por defender a democracia na Venezuela, "enfrentará a determinação" do governo americano.
"Permitam-me dizer a todos que os que ameaçarem o nosso amigo por esta posição na defesa da democracia, saibam disso: a Colômbia é o nosso aliado mais importante na região, e qualquer ameaça a sua soberania e segurança enfrentará a determinação dos Estados Unidos", disse Pence em seu discurso na reunião do Grupo de Lima.
Pence aproveitou o pronunciamento para anunciar que a Casa Branca aplicará novas sanções econômicas e diplomáticas contra a Venezuela.
"Chegou a hora e, para apoiar os países do Grupo de Lima nesses esforços, por instruções do presidente Donald Trump, a partir de hoje os Estados Unidos vão impor sanções adicionais sobre funcionários do governo", disse Pence.
As novas sanções atingiram quatro governadores de estados venezuelanos que fazem fronteira com a Colômbia. Segundo Pence, a decisão veio depois de eles contribuírem nos bloqueios ordenados por Maduro para evitar a entrada de ajuda ao país no sábado.
"Eles reprimiram manifestações pacíficas enquanto o tirano dançava em Caracas", afirmou Pence, fazendo referência a Maduro.
O vice-presidente americano também antecipou que outro alvo da Casa Branca serão as redes financeiras que sustentam Maduro e que os funcionários do Departamento do Tesouro seguirão trabalhando para devolver o dinheiro roubado pelo chavismo à Venezuela.
Pence aproveitou o discurso para fazer pressão sobre as Forças Armadas da Venezuela e pediu que os militares "abracem a bandeira da democracia" e passem a apoiar o autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, que, segundo ele, "não busca vingança".
"Para todos aqueles membros das Forças Armadas hoje que abraçarem o caminho da democracia, o presidente Guaidó e seu governo, assim como o governo dos Estados Unidos, receberão seu apoio e darão um alívio nas sanções que foram adotadas", explicou Pence.
No discurso, o vice-presidente americano foi enfático ao afirmar que Maduro está usurpando o poder e precisa ir embora do país.
"A luta na Venezuela é entre a liberdade e a democracia, a opressão e a liberdade, entre o sofrimento de milhões de venezuelanos e o desejo de recuperar a liberdade", ressaltou.
O enviado de Trump à cúpula do Grupo de Lima também pediu aos países que apoiam Maduro que mudem de ideia. Caso contrário, Pence afirmou que eles ficarão "isolados no mundo".
"Após a brutalidade que o mundo viu no sábado, os pedimos para reconsiderar o apoio ao tirano. Unam-se ao povo venezuelano e retirem o apoio ao regime de Maduro", solicitou Pence.
Os confrontos na fronteira no último sábado deixaram 4 mortos e cerca de 300 feridos. A vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, confirmou que mais de 120 membros das Forças Armadas da Venezuela desertaram ao longo do fim de semana. EFE
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