Navios com ajuda humanitária para a Venezuela seguem ancorados em Curaçao
San Juan, 25 fev (EFE).- Duas embarcações com a ajuda humanitária para a Venezuela continuam ancoradas na ilha de Curaçao após alertas feitos pela Marinha controlada pelo regime de Nicolás Maduro.
Os dois navios faziam parte da iniciativa conjunta de levar alimentos e remédios para a população venezuelana, mas não deixaram a costa da ilha após Maduro determinar o corte das comunicações de seu país com Curaçao, Bonaire e Aruba.
Segundo o site "Curacao Chronicle", as duas embarcações são o Midnight Stone, com 250 toneladas de ajuda, e o Seven Seas, com uma carga menor de ajuda humanitária. Os navios estão a pouco mais de 60 quilômetros no norte da Venezuela, no porto de Willemstad.
A Venezuela vive há mais de cinco anos uma grave crise econômica e política. Para minimizar os impactos provocados pela escassez de alimentos e remédios, a oposição, liderada pelo autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, pediu ajuda internacional.
O regime de Maduro reiterou que não aceitará a ajuda por considerar que é um pretexto para uma invasão militar ao país.
O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, confirmou que a ajuda humanitária seria entregue em Curaçao, onde foi montado um centro para levar os produtos até a Venezuela.
Rosselló também afirmou que, no sábado, a Marinha venezuelana ameaçou disparar contra um dos navios que tentou se aproximar do país, apesar dos apelos feitos pelo governador de Porto Rico por respeito à integridade dos tripulantes da embarcação.
Guaidó mobilizou a oposição para receber a ajuda armazenada em Pacaraima, no Brasil, e em Cúcuta, na Colômbia, mas o governo de Maduro bloqueou a entrada dos mantimentos no país.
Os confrontos decorrentes do bloqueio deixaram pelo menos quatro mortos e cerca de 300 feridos no sábado. A vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, confirmou que mais de 120 membros das Forças Armadas da Venezuela desertaram. EFE
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