Presidente do Iraque diz que deseja julgar jihadistas estrangeiros no país
Paris, 25 fev (EFE).- O presidente do Iraque, Barham Salih, se mostrou nesta segunda-feira favorável a julgar em seu país os jihadistas estrangeiros detidos, ao mesmo tempo que pediu ajuda à comunidade internacional para a reconstrução após a "incompleta" vitória contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
"São pessoas acusadas de crimes contra o Iraque, contra iraquianos e contra bens iraquianos. Devem ser julgadas segundo a lei iraquiana, como prevê o direito internacional", disse Salih depois de se reunir em Paris com seu colega francês, Emmanuel Macron.
Salih se referiu concretamente a 13 franceses detidos nesta situação, entregues às autoridades iraquianas.
Aos capturados no Iraque se somam os combatentes estrangeiros que viajaram para a região para combater com o EI e que estão em mãos de diferentes grupos na Síria, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que fossem transferidos aos seus países de origem.
O líder iraquiano agradeceu a ajuda da França na reconstrução, um trabalho que considerou "imprescindível" para que o país se transforme em um vetor regional de estabilidade, após uma dura guerra.
"A vitória no Iraque, embora importante e vital, é incompleta. Necessita ser reforçada, solidificada, sem perder a atenção na segurança (...) mas secando as fontes do terrorismo, as intelectuais e as financeiras", afirmou.
O país necessita voltar a criar empregos, trabalhar nas zonas devastadas pelos terroristas e promover o regresso de todos os foragidos durante o conflito, expressou.
Quanto à reconstrução do patrimônio, Salih agradeceu a ajuda internacional, que supervisionou após visitar a sede em Paris da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), algo que nenhum de seus antecessores tinha feito.
Macron se comprometeu a manter a ajuda ao Iraque, em particular na reconstrução do patrimônio, e a apoiar às autoridades do país.
O presidente da França afirmou que o regresso dos jihadistas franceses detidos nesse país depende de Bagdá, mas afirmou que, quando forem concretizadas as acusações, receberão a pertinente assistência consular. EFE
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