Desabamento de mina em Moçambique deixa pelo menos 10 mortos
Maputo, 26 fev (EFE).- Pelo menos dez mineiros morreram no norte de Moçambique após o desabamento enquanto extraíam rubis de forma ilegal dentro de uma mina da multinacional britânica Gemfields, confirmaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes oficiais.
O fato ocorreu na segunda-feira na cidade de Namanhumbir, na província de Cabo Delgado, quando os mineiros escavavam a grande profundidade, disse à Agência Efe por telefone o diretor provincial de Recursos Minerais e Energia, Ramiro Nguiraze.
"Dez pessoas morreram no acidente, enquanto dois cidadãos foram resgatados e três permanecem desaparecidos, embora tudo indica que foram sepultados também", explicou Nguiraze.
Gemfields, que começou as operações na zona em 2012, ofereceu equipes para ajudar nas operações de resgate, embora os aldeões tenham acusado no passado seus guardas de destruir os túneis ilegais ou fazer um uso excessivo da violência.
O fato ocorreu depois que, no final deste janeiro, a multinacional mineira se comprometeu a pagar uma indenização de US$ 8,3 milhões a um grupo de pessoas do norte de Moçambique que denunciaram ter sofrido ataques violentos por parte dos guardas da concessão.
Gemfields, uma das empresas mais importantes do mundo nos setores de exploração de pedras preciosas, aceitou esse acordo de compensação, embora não tenha assumido a responsabilidade pelas 273 queixas de violência que pesam sobre a concessão.
Estes atos violentos, que foram levados diante de um tribunal de Londres, incluem 18 assassinatos, várias violações e a queima de 95 imóveis e buscariam evitar que os mineiros irregulares da região realizaram atividades perto da concessão.
Os trabalhadores clandestinos vivem frequentemente em favelas perto das minas e passam muito tempo sob a terra para obter, com explosivos e um bom conhecimento das galerias, os minerais dos quais vivem. EFE
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