EUA pedem na ONU mais sanções e pressão contra governo de Maduro
Nações Unidas, 26 fev (EFE).- Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira, em reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise na Venezuela, que mais países se somem às sanções contra integrantes do governo chavista, aumentando assim a pressão para forçar a saída de Nicolás Maduro do poder.
"Os venezuelanos precisam da nossa solidariedade e da nossa ajuda para poder se impor ao impiedoso e violento regime, restabelecer a democracia e começar a reconstruir seu país", disse o enviado especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, na reunião.
No discurso, Abrams pediu que outros países se unam aos EUA e sancionem os "envolvidos na violência do fim de semana passado". Além disso, solicitou apoio para fornecer ajuda humanitária ao país.
O enviado americano defendeu que a ONU não recorra ao governo chavista para distribuir a ajuda na Venezuela. "A cleptocracia roubará parte e usará a outra para reforçar seu controle sobre o poder", alegou Abrams aos membros do Conselho de Segurança.
Abrams criticou aqueles que defendem o diálogo entre o governo chavista e a oposição. Um dos que apoia esse caminho para resolver a crise é o próprio secretário-geral da ONU, António Guterres.
"Perguntem a Jorge Ramos, da Univisión, sobre o valor do diálogo com Maduro", disse o diplomata americano, em referência à equipe de jornalistas jornalista presa e depois deportada após uma entrevista com o líder chavista no Palácio de Miraflores.
Os EUA pediram a reunião emergencial do Conselho de Segurança como resposta à recusa de Maduro em aceitar a entrada de ajuda no país e aos confrontos violentos registrados no sábado.
"Essas ações mostraram outra vez as verdadeiras intenções e a natureza do regime de Maduro. Grupos armados, pistoleiros e criminosos libertados de prisões foram mobilizados para controlar a fronteira. As ações dele levaram à destruição da ajuda humanitária", afirmou o enviado especial americano.
Abrams denunciou que a resposta das forças de ordem do governo provocou a morte de quatro pessoas. E disse estar profundamente preocupado com a segurança do autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó, quando ele decidir voltar à Venezuela.
Para o enviado americano, a saída para crise passa pela convocação de eleições livres, justas e transparentes. Por esse motivo, ele pediu à comunidade internacional para trabalhar junta e pressionar Maduro a deixar o poder de forma pacífica. EFE
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