Ex-coronel da FSB e diretor da Kaspersky são condenados por traição na Rússia
Moscou, 26 fev (EFE).- O tribunal militar de Moscou condenou nesta terça-feira um ex-coronel do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, a antiga KGN) e o ex-diretor do Laboratório Kaspersky por alta traição após uma acusação de que eles cooperaram com as agências de inteligência dos Estados Unidos.
Segundo a agência russa "Interfax", o julgamento foi realizado a portas fechadas. Apesar do sigilo judicial sobre o caso, a "Interfax" informou que Sergey Mikhailov e Ruslan Stoyanov foram condenados a 22 e 14 anos de prisão, respectivamente.
Os dois teriam atuado como agentes duplos, repassando informações confidenciais a agências de inteligência dos EUA, especialmente a CIA. E escondiam os contatos com estrangeiros justificando-os como se fossem atividades de recrutamento de novos agentes.
O jornal russo "Kommersant" afirmou que, em 2011, Mikhailov repassou, usando intermediários, informações sobre investigações envolvendo Pavel Vrublevsky, considerado um cibercriminoso nos EUA.
A advogada de Stoyanov, Inga Lebedeva, disse que seu cliente recorrerá da decisão do tribunal militar de Moscou.
Segundo a imprensa russa, os condenados afirmaram que consideram que "pisaram no calo de alguém" ao realizar atividades de combate a hackers que atuam no país.
O Kaspersky também responde a uma ação similar nos Estados Unidos depois das acusações russas contra o ex-diretor da empresa.
Em 2017, o Departamento de Segurança Nacional dos EUA decidiu proibir todas as agências federais de utilizar serviços do Kaspersky, que eram usados então em 22 órgãos do governo.
O Kremlin classificou na época a decisão da Casa Branca de representar uma "concorrência desleal".
Pouco depois, o "The Wall Street Journal" afirmou que o governo da Rússia usou o antivírus da Kaspersky para invadir computadores em todo o mundo e obter informações secretas dos EUA. EFE
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