Ex-ministro de Israel é condenado à prisão por espionagem para o Irã
Jerusalém, 26 fev (EFE).- O ex-ministro israelense de Energia e Infraestruturas entre 1992 e 1995, Gonen Segev, foi condenado nesta terça-feira a 11 anos de prisão após ter alcançado um acordo com a Procuradoria em janeiro, quando se declarou culpado de espionar para o Irã e de ajudar e passar mensagens a um país inimigo.
A sentença foi emitida pelo Tribunal do Distrito de Jerusalém, que aprovou o acordo firmado no mês passado, pelo qual as partes pactuaram que a pena de prisão para Segev seria de 11 anos, informou o site "Times of Israel".
O ex-ministro foi declarado culpado por ter se reunido repetidamente durante seis anos com agentes da inteligência iraniana e ter proporcionado informação, revelou o mesmo meio.
Em junho, a Procuradoria concluiu sua investigação e apresentou acusações formais contra o ex-político, médico de profissão, que já esteve preso entre 2005 e 2007 por tentar contrabandear 30 mil pastilhas de ecstasy da Holanda a Israel e falsificar um passaporte diplomático.
Segev residiu na Nigéria durante os últimos anos e em maio se mudou para Guiné Equatorial, onde foi detido e entregue a Israel após uma ordem de extradição.
Após sua chegada ao país, o ex-ministro foi interrogado por suspeitas que indicavam possíveis contatos com o Irã, e o Serviço de Segurança Interior israelense ou Shin Bet revelou que "foi descoberto que foi recrutado e atuou como agente em nome da inteligência iraniana", indicou a polícia durante a investigação.
Segundo os dados revelados, o acusado estabeleceu contatos com a embaixada do Irã na Nigéria em 2012 e se reuniu duas vezes com oficiais de Inteligência, a quem teria informado sobre o mercado energético israelense e sobre locais de alta segurança, incluindo informação relativa a edifícios e de membros de organizações políticas e do aparelho de segurança do país.
No final de agosto, o ministro iraniano de Inteligência, Mahmoud Alavi, admitiu que o Irã teve como espião um ex-ministro de um país inimigo.
"Há algum tempo, tivemos o membro do gabinete de um país hostil", disse Alaivi, sem nomear o Estado ao qual se referia e nem a identidade do espião em questão. EFE
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