Sturgeon acusa May de intimidar Parlamento com plano de Brexit
Edimburgo (Reino Unido), 26 fev (EFE).- A ministra principal da Escócia, Nicola Sturgeon, acusou a chefe do governo britânico, Theresa May, de "tentar intimidar" o Parlamento para que apoie o seu acordo de Brexit, sem saber o que acontecerá depois da saída da União Europeia (UE), prevista para 29 de março.
Após saber nesta terça-feira que May submeterá o tratado negociado com os 27 países-membros novamente à votação na Câmara dos Comum no próximo dia 12, Nicola disse que a primeira-ministra conservadora "não está agindo no melhor interesse do Reino Unido ou de qualquer parte dele".
"Isso tudo é apenas uma manobra cínica para tentar intimidar os parlamentares para que aceitem o seu mau acordo, um acordo que nos afastaria da UE, do mercado comum e da união aduaneira sem ter clareza sobre o que virá depois. Ninguém deveria cair nisso", escreveu a dirigente nacionalista escocesa no Twitter.
Em uma declaração na Câmara, May anunciou também que, se até 12 de março não existir consenso sobre o tratado, os deputados poderão votar, no dia seguinte, sobre se querem um Brexit sem pacto na data prevista e, caso não concordem, pedirá que decidam sobre um adiamento da saída.
Para a também líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), a Câmara baixa britânica tem agora a "clara oportunidade" de rejeitar "o acordo ruim da primeira-ministra" e "nenhum acordo", e votar a favor de uma extensão que permita promover um segundo referendo sobre a retirada da UE.
Ian Blackford, o chefe do grupo parlamentar do SNP em Westminster, pediu para May descartar uma retirada abrupta do bloco e para solicitar hoje uma prorrogação do Brexit. Para ele, essa é uma questão que não deve ser deixada para março.
"12 de março é só dez dias antes do Brexit. Teremos perdido nove dias quando este problema poderia ter sido resolvido", afirmou a premier em discurso.
May respondeu que continua negociando com os líderes europeus sobre as "questões colocadas pelo Parlamento" e pediu para votaram pelo seu pacto para terminar com a "incerteza".
Antes de 12 de março, os parlamentares terão nesta quarta-feira a possibilidade de apresentar emendas a uma moção neutra para conhecer a posição da Câmara sobre o processo do Brexit. EFE
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