Nicotina diminui crescimento celular embrionário na gravidez, aponta estudo
Los Angeles, 28 fev (EFE).- A exposição à nicotina durante a gravidez afeta a comunicação entre as células dos embriões, diminui o crescimento celular e altera o trabalho dos genes que regulam funções críticas como a batida do coração.
As revelações foram feitas por um estudo da Universidade de Stanford. Joseph Wu, diretor do Instituto Cardiovascular da instituição e coautor da pesquisa, destacou que a exposição à nicotina por três semanas podem ter efeitos negativos relevantes em diferentes órgãos nos bebês em desenvolvimento.
O estudo também inclui novos produtos, como os cigarros eletrônicos, os remédios e os chicletes que contêm nicotina, feitos para quem deseja parar de fumar.
"Infelizmente, a introdução e a propagação de novos produtos que contêm nicotina como os cigarros eletrônicos estão revertendo progressos recentes para a redução do uso de tabaco durante a gravidez", afirmou o estudo.
Os pesquisadores analisaram 12,5 mil células embrionárias humanas derivadas (hESC-derived) ligadas ao crescimento do cérebro, do coração, do fígado, dos vasos sanguíneos e dos músculos.
Wu e sua equipe também descobriram que a sobrevivência das células diminuiu, o que sugere que a nicotina pode afetar o desenvolvimento dos embriões desde o início da gestação.
"Também diminui o tamanho do corpo dos embriões, aumenta o nível de moléculas prejudiciais, chamadas de espécies reativas ao oxigênio e produz deformações durante o desenvolvimento dos corpos", indicou o estudo da Universidade de Stanford.
O novo método utilizado pelos cientistas, além disso, possibilita a realização de novas pesquisas sobre células embrionárias que afetam outros fatores como estresse, alimentação e hormônios.
"Uma implicação importante de nosso estudo é que agora validamos um novo método para avaliar o efeito dos remédios e a toxicidade ambiental no desenvolvimento embrionário humano", disse Wu. EFE
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