Pompeo é recebido por Duterte em visita oficial às Filipinas
Manila, 28 fev (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, se reuniu com o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, logo após chegar ao país para uma visita oficial.
Duterte recebeu o chefe da diplomacia americana na base militar Villamor, em Manila, capital do país, onde fizeram uma breve reunião. O presidente estava acompanhado de sua filha e de um amigo, Bong Go, seu ex-assessor especial e agora candidato ao Senado.
"Discutiremos qualquer tema mutuamente benéfico para os dois países", disse o porta-voz da presidência das Filipinas, Salvador Panelo, embora o Departamento de Estado cite apenas "segurança e terrorismo" como assuntos a serem tratados na visita.
Pompeo, que estava no Vietnã junto com o presidente dos EUA, Donald Trump, na cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se reunirá amanhã com o chanceler das Filipinas, Teodoro Locsin.
Um dos temas que serão abordados é a possível visita de Duterte a Washington. Em dezembro do ano passado, os americanos devolveram os Sinos de Balangiga, levadas por tropas do país como troféu após massacrar a cidade de mesmo nome em 1901, gesto que destravou a hipótese da viagem do presidente filipino à Casa Branca.
Para as Filipinas, os sinos são um símbolo de resistência ao invasor. Duterte afirmou que não colocaria o pé nos Estados Unidos até que o governo americano os devolvesse.
Outro dos assuntos é a revisão do Tratado de Defesa Mútua de 1951, que estabelece que Estados Unidos e Filipinas se ajudariam caso um dos dois países fosse atacado por uma força estrangeira.
O secretário de Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, afirmou que o objetivo é "esclarecer ambiguidades" do tratado se as tensões no Mar do Sul da China se agravarem.
A previsão é que o subsecretário-adjunto de Defesa dos EUA, Joseph Felter, visite Manila em março para iniciar as discussões sobre a revisão do tratado.
Filipinas quer esclarecer qual seria a ajuda americana em caso de conflito nos territórios reivindicados pelo país no Mar do Sul da China, como o atol Scarborough e ilhas no arquipélago Spratly.
O Tribunal Internacional de Haia decidiu em 2016 que as Filipinas são donas desses territórios, mas a China não reconhece a decisão e continua a atuar na região.
Além de ocupar pela força vários atóis e ilhas, a China instalou bases militares na região, despertando o receio de vários países da região e também dos EUA, que não quer perder influência no Mar do Sul da China, por onde circula mais da metade do comércio mundial. EFE sga/lvl
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