Assessora de Trump liga crise de opioides nos EUA com problemas na fronteira
Washington, 1 mar (EFE).- Kellyanne Conway, uma das assessoras mais próximas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conectou nesta sexta-feira a crise de opioides vivida no país com os "problemas" na fronteira sul do país com o México.
"A Patrulha Fronteiriça (CPB, por sua sigla em inglês) e o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, em inglês) fizeram apreensões de montantes históricos de fentanil na fronteira. Isto é uma emergência nacional", disse Conway no marco da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada nestes dias nos arredores de Washington.
A Administração de Trump denunciou anteriormente que os narcotraficantes mexicanos já estão produzindo nos laboratórios fentanil, um analgésico entre 30 e 50 vezes mais potente que a heroína.
"Os opioides matam. Não importa se é negro, branco, hispânico, menino, menina, gay, heterossexual, jovem, velho, rico, pobre; não importa", insistiu Conway.
"A boa notícia - acrescentou - é que desde que começamos a nos estabilizar no tratamento e na educação de prevenção, os dados estão começando a melhorar".
Em seu discurso, a conselheira do presidente agradeceu Trump pela declaração em 2017 de que uso de opioides nos EUA é uma "emergência de saúde pública" e destacou o papel da primeira-dama, Melania Trump, para combater esta epidemia.
"Trump é o presidente mais provido na história dos Estados Unidos e com esta declaração voltou a demonstrar", considerou.
Calcula-se que cerca de 91 pessoas morrem por overdose dos opioides a cada dia no país, segundo os dados publicados em 2017 em um relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Ao vincular a crise de opioides com a situação na fronteira, Conway tratou de justificar parte da última declaração de emergência nacional de Trump, ordenada em meados de fevereiro.
Trump declarou essa "emergência nacional" para financiar a construção de um muro fronteiriço no limite com o México, e iniciou assim uma provável batalha judicial da qual dependerá o futuro de seu polêmico projeto do muro.
Depois de dois anos de confrontos com um Congresso reticente a ajudar a cumprir com sua principal promessa eleitoral, Trump decidiu contornar o Poder Legislativo e emitir essa declaração de emergência, que permite aos presidentes dos EUA ter acesso temporário a um poder especial para fazer frente a uma crise. EFE
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