Comissão Eleitoral da Nigéria denuncia violência sexual contra funcionárias
Abuja, 1 mar (EFE).- A Comissão Eleitoral Nacional Independente (INEC, na sigla em inglês) da Nigéria denunciou nesta sexta-feira que algumas de suas funcionárias foram alvo de ameaças, e até mesmo de estupros, durante o desempenho de seu trabalho nas eleições gerais de 22 de fevereiro.
"Apesar de as eleições terem ocorrido em relativa paz, pudemos observar episódios de violência em vários estados, assim como de ameaças, assédio, discriminação, agressão e até mesmo estupros contra algumas de nossas funcionárias", afirmou a INEC em comunicado.
A Comissão criticou a violência vivida em vários estados, mas não proporcionou mais detalhes sobre esses atos ou fez referência ao número de mortos durante o processo eleitoral que, segundo observadores de associações civis, chega a pelo menos 39.
"A conduta de certos membros das agências de segurança em alguns lugares é um assunto que preocupa seriamente a Comissão", acrescentou a INEC.
O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, foi reeleito no primeiro turno das eleições de sábado contra seu principal rival, Atiku Abubakar, que não reconhece sua vitória e anunciou que impugnaria os resultados.
Buhari, líder do governante Congresso de Todos os Progressistas (APC, na sigla em inglês), obteve cerca de 15,2 milhões de votos (53%), enquanto Abubakar, chefe do Partido Democrático Popular (PDP), ficou com pouco mais de 11,2 milhões (39%), segundo os resultados anunciados pela INEC.
Assim, o líder do APC conseguiu maioria em 19 dos 36 estados, e mais de 25% dos votos em 32 deles, oito a mais que os exigidos por lei para conseguir o triunfo e evitar o segundo turno.
Os partidos têm 21 dias após a divulgação dos resultados oficiais para apresentar suas queixas ao Tribunal Supremo, que, por sua vez, tem 180 dias para avaliar os recursos e ditar uma sentença.
A participação nas eleições do país mais populoso da África (com quase 200 milhões de habitantes), onde havia mais de 82,3 milhões de eleitores registrados, foi de 34,75%, e apenas 28,6 milhões de pessoas depositaram seus votos nas urnas no sábado. EFE
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