Emissora de TV da Turquia anuncia fechamento por "pressões" do governo
Ancara, 1 mar (EFE).- O canal de música e notícias "Flash TV", uma das primeiras emissoras privadas da Turquia, anunciou nesta sexta-feira seu "fechamento temporário" e denunciou "pressões" do governo.
"As medidas sem fundamento das autoridades legais e as pressões administrativas, políticas e financeiras se tornaram insuportáveis", segundo um comunicado publicado hoje no site do canal.
A "Flash TV", fundada no início dos anos 90 após o fim do monopólio da televisão estatal e cuja sede fica na cidade de Bursa, afirma que seu único crime é "ser neutra".
"Para evitar qualquer prejuízo a nossos funcionários e a nossos parceiros comerciais e para não manchar nossa história de 28 anos, interrompemos por um tempo as nossas transmissões", afirma.
A nota acaba com as palavras: "A imprensa independente é tão valiosa quanto um Judiciário independente".
A maior parte das transmissões da "Flash TV" são programas de música popular, salvo duas horas de noticiários pela manhã e durante a noite, e o alvo é um público com nível educativo mais modesto que o habituado às redes de notícias 24 horas.
Antes das últimas eleições, em junho do ano passado, o canal adotou uma postura relativamente crítica a respeito do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e deu espaços importantes à oposição social-democrata.
As ONG Repórteres Sem Fronteiras coloca a Turquia na 157ª posição - entre 180 países - em matéria de liberdade de imprensa e contabiliza 31 comunicadores presos, embora algumas plataformas turcas elevem este número a 137 jornalistas, colunistas e colaboradores em prisão preventiva ou já condenados. EFE
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