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EUA anunciam restrições de vistos para "dúzias" de aliados de Maduro

01/03/2019 15h33

Washington, 1 mar (EFE).- O enviado especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams, anunciou nesta sexta-feira restrições de vistos para "dúzias" de aliados do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seus familiares, que a partir de agora não poderão entrar em território americano.

Em entrevista coletiva no Departamento de Estado dos EUA, Abrams explicou que as novas restrições afetarão o "círculo próximo" de Maduro, mas se recusou a detalhar quem são as pessoas afetadas e qual é o número exato de sancionados devido a normativas internas do governo.

Abrams indicou que essas restrições de vistos se somam às que Washington já tinha imposto anteriormente a funcionários venezuelanos.

"Continuamos monitorando de perto os parceiros de Maduro, que junto às suas famílias, têm vistos para os EUA. É um processo que está em curso", disse Abrams, que acrescentou que alguns dos afetados podem encontrar-se em território americano.

Quando a imprensa lhe pediu mais detalhes, o diplomata respondeu: "Não posso revelar muito mais sobre os vistos, os advogados me disseram que devido às normas simplesmente não posso fazer isso, trata-se de informação confidencial de vistos".

No seu discurso, Abrams assegurou que os EUA seguirão adotando "as ações apropriadas" contra Maduro e mencionou as sanções impostas hoje contra seis membros das forças segurança venezuelanas, aos quais Washington acusa de "obstruir" a entrada da ajuda humanitária que a oposição queria fazer entrar no sábado passado na Venezuela.

Além disso, Abrams detalhou que seu governo está em conversas com os líderes das nações que não reconheceram Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional (AN, parlamento) como presidente "legítimo" da Venezuela.

Para viajar aos EUA, os venezuelanos têm que solicitar um visto especificando o motivo da sua visita, ou seja, se viajam por negócios, turismo ou para receber um tratamento médico.

A restrição de vistos é uma forma de sanção que o Executivo americano costuma aplicar aos funcionários daqueles governos com os quais tem algum conflito para pressioná-los diretamente, ao negar a eles e seus familiares a possibilidade de viajar para os Estados Unidos. EFE