Guaidó diz que Cuba aterroriza militares venezuelanos para que não o apoiem
Buenos Aires, 1 mar (EFE).- O líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente em exercício, afirmou nesta sexta-feira em Buenos Aires que 80% das forças armadas do seu país "estão a favor de uma mudança", mas acusou Cuba de ingerir no seu país e aterrorizar os militares para que não o apoiem.
"Se há uma ingerência na Venezuela é de Cuba sobre a Venezuela. onde manejam parte do aparelho de inteligência e contrainteligência, sobretudo dedicado a aterrorizar principalmente os militares para que não se pronunciem abertamente", disse o líder opositor em entrevista coletiva depois de se reunir na capital argentina com o presidente Mauricio Macri.
Guaidó, que já é reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 governos, chegou à Argentina procedente de Assunção, onde foi recebido pelo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
Antes disso, na quinta-feira, esteve no Brasil com o presidente Jair Bolsonaro, enquanto no sábado partirá rumo Equador e, em seguida, no domingo, chegará ao Peru.
"Me atrevo a dizer que 80% das forças armadas estão a favor de uma mudança. Agora, 160 militares de alta categoria estão presos desde 2018", lembrou o líder do parlamento.
Segundo acrescentou, "pela primeira vez em muitos anos" dirigentes políticos falam "clara e diretamente" às forças armadas.
"Estabelecer confiança entre os setores políticos já leva tempo, imaginem estabelecer confiança com os militares, que nos perseguem e nos torturam", destacou.
Guaidó ressaltou ainda que sua gestão interina ofereceu anistia e garantias aos militares que apoiem uma transição e retirem sua confiança ao governo de Nicolás Maduro.
"Estamos nesse processo, mas é preciso continuar pressionando. É preciso continuar buscando os métodos de comunicação", completou, para depois fazer uma reflexão: "Imaginem por um segundo um Maduro sem armas".
Sobre uma eventual intervenção militar no país para expulsar Maduro do poder, Guaidó reiterou que "a opção é a paz", apesar de ter frisado que agora não há paz na Venezuela.
"É preciso ter muita responsabilidade a respeito disto. Entendemos que é uma última opção de força que ninguém quer. Estamos trabalhando por uma transição para uma Venezuela livre", enfatizou. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.