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Operação policial na Caxemira indiana deixa ao menos 7 mortos

01/03/2019 15h03

Srinagar (Índia), 1 mar (EFE).- Pelo menos quatro membros das forças de segurança, um civil e dois insurgentes, morreram nesta sexta-feira em uma operação policial na Caxemira indiana, no meio de uma escalada militar entre a Índia e o Paquistão após um atentado em meados de fevereiro na região, no qual morreram 42 policiais indianos.

"A operação na cidade de Babagund da região de Handwara ainda continua, mas recebemos informação que dois militares e dois policiais morreram em uma troca de tiros com os insurgentes", disse à Agência Efe uma fonte da sala de controle da polícia que pediu anonimato.

Segundo essa fonte, a operação começou ontem à noite na região de Handwara, no oeste do estado, e derivou em uma troca de tiros que ainda continua e na qual também ficaram feridos cinco membros das forças de segurança.

Após uma troca de fogo inicial na qual morreram dois insurgentes, uma equipe conjunta da polícia, da Força Central de Polícia de Reserva (CRPF, na sigla em inglês) e do exército tentou recuperar os dois corpos quando um terceiro insurgente abriu fogo.

Um membro da CRPF e uma policial do Grupo de Operações Especiais (SOG, na sigla em inglês) morreram no local do enfrentamento, enquanto outros dois morreram no hospital, detalhou a fonte.

Segundo a polícia, um civil também morreu quando um grupo de cidadãos saiu às ruas para tentar sabotar a operação das forças de segurança.

A operação chega em um momento de tensão no vale e no meio de uma convocação de greve na cidade de Srinagar, a capital de verão da Caxemira indiana, em protesto pela decisão das autoridades indianas de colocar ontem na ilegalidade o agrupamento Jamat-e-Islami (JeI), acusado de apoiar a insurgência separatista.

A medida, acompanhada da detenção de pelo menos 350 ativistas, aconteceu no meio de uma escalada militar sem precedentes nos últimos anos entre a Índia e o Paquistão.

Nova Délhi garantiu ter bombardeado na terça-feira um acampamento em solo paquistanês do grupo terrorista Jaish-e-Mohammed (JeM), que reivindicou em 14 de fevereiro a autoria do atentado na Caxemira indiana no qual morreram 42 policiais.

Como resposta, o Paquistão anunciou na quarta-feira que derrubou dois caças indianos e a captura de um dos pilotos, que foi libertado hoje, além do bombardeio através da Linha de Controle (LoC, a fronteira 'de facto' na Caxemira) do território indiano. EFE